PUBLICIDADE

Publicidade

Produção de pneus cai 45% e setor pode demitir

Por Andrea Vialli
Atualização:

O mercado de pneus está em retração por causa da crise e pode ser o próximo a demitir trabalhadores. Em dezembro de 2008, a produção encolheu 45% e as vendas no varejo tanto para carros de passeio quanto para caminhões e ônibus caíram 10%. Com a freada nas vendas da indústria automobilística, a indústria de pneus novos tenta se salvar com o mercado de reposição, que responde por 40% da produção. ?A reposição ajuda e deve trazer alguma estabilidade ao mercado em 2009. Mas não é suficiente, pois a concorrência com o pneu importado é imensa?, afirma Luís Norberto Paschoal, presidente da rede DPaschoal, que atua no varejo de autopeças e serviços automotivos. A entrada de importados é da ordem de 1 milhão de unidades por mês. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) só deve divulgar os números do setor em fevereiro. Mas um estudo da consultoria Lafis, especializada em análises setoriais, aponta que em 2008 o mercado de pneus cresceu em torno de 3,8%, abaixo da expansão de 5% que o mercado vinha obtendo desde 2004. Para 2009, a expectativa é de crescer 2,8%, com ligeira recuperação em 2010 ( 3,1%). ?O setor perdeu rentabilidade com a retração no preço da borracha, que é vinculada ao preço do petróleo. Além disso, o mercado de reposição e as exportações são influenciados pela queda de confiança do consumidor?, afirma Tiago Franceschini, analista do setor de pneus da Lafis. Por outro lado, aponta, o dólar valorizado tende a elevar o faturamento das exportações. O Brasil exporta 30% da produção de pneus. Entre as companhias que atuam no setor, apenas a Michelin confirmou a construção de uma nova fábrica este ano, no Rio. Procuradas, Pirelli e Goodyear não quiseram falar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.