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Produção de veículos recua 6,9%

Em abril, as vendas internas também tiveram queda, de 13,7%, ante março e de 10,3% ante abril de 2008

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A produção brasileira de veículos somou 254,7 mil unidades em abril, uma queda de 6,9% em relação a março e de 15,8% ante igual mês de 2008. De janeiro a abril, o setor produziu 916,2 mil unidades, uma retração de 16,4% ante o mesmo período de 2008, segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). As vendas no mercado interno somaram 234,4 mil veículos em abril, uma queda de 13,7% em relação ao mês anterior e de 10,3% ante abril de 2008. Na soma dos primeiros quatro meses do ano foram vendidos 902,7 mil veículos, um recuo de 0,5% ante igual intervalo de 2008. Entre os dados mais fracos do setor está o segmento de caminhões, com queda de 20,7% nas vendas no ano ante o mesmo intervalo do ano passado, para 31.366 unidades. Em abril, as vendas somaram 8.171 unidades, queda de 13% ante março e de 20,6% sobre abril de 2008. Segundo a Anfavea, as exportações somaram US$ 559,4 milhões em abril, uma queda de 7,4% ante março e de 54,5% ante abril de 2008. No do ano, até abril, as vendas externas caíram 52% para US$ 2,14 bilhões. Segundo o presidente da entidade, Jackson Schneider, a redução das vendas em abril foi provocada pela antecipação das compras em março, quando o mercado esperava a extinção do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - estendido pelo governo até o fim de junho. A redução do número de dias úteis (de 22 em março para 20 em abril) também teve um impacto negativo sobre as vendas. Mesmo com esses resultados, a Anfavea manteve as projeções para o mercado neste ano, divulgadas em março. A expectativa é de que as vendas no mercado doméstico caiam 3,9% ante 2008, totalizando 2,710 milhões de unidades. As vendas de máquinas agrícolas devem cair 13,8% no ano, para 47 mil unidades. O presidente da Anfavea informou que sua projeção não contempla uma prorrogação do beneficio do IPI, que reduz os preços dos automóveis em 5% a 7%. "Não temos expectativa de que o incentivo vai continuar após junho", disse. Schneider destacou que o desempenho no acumulado do ano ficou praticamente em linha com o mesmo período do ano passado, quando a indústria bateu recordes. As vendas caíram 0,7% no período de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o que ele avalia como um bom resultado. O executivo espera uma expansão do crédito neste ano, o que deve impulsionar o setor. "Os bancos pequenos e médios estão retomando atividades, depois do incentivo dado pelo Banco Central", disse. Ontem, o presidente da Anfavea teve uma reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e outros representantes da cadeia automotiva para discutir a redução da demanda do mercado externo, que é uma das principais preocupações do setor. Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações de veículos e máquinas agrícolas caiu 52%, para US$ 2,4 bilhões. Em unidades, a queda foi de 50,3% para 123,1 mil unidades.

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