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Produção e emprego fracos indicam recessão nos EUA

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Por Redação
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A produção industrial dos Estados Unidos registrou a maior retração mensal desde 1974 enquanto os preços ao consumidor do país ficaram estáveis em setembro. Os dados desta quinta-feira ajudam na argumentção a favor de mais cortes de juros para conter o declínio econômico. Alimentando o tom negativo da economia, a atividade fabril no Meio-Atlântico caiu em outubro para o menor patamar em 18 anos. A produção industrial geral caiu fortes 2,8 por cento no mês passado, informou o Federal Reserve, acima do declínio previsto por analistas de 0,8 por cento. "Nos últimos três meses, a produção já caiu 5,8 por cento e isso é consistente com uma recessão", disse John Silvia, economista-chefe do Wachovia Corp, em nota a clientes. Uma queda nos custos de energia ajudou a deixar o Índice de Preços ao Consumidor estável em setembro, segundo o Departamento de Trabalho, comparado à previsão do mercado de 0,1 por cento. Outro relatório do Departamento de Trabalho mostrou que os pedidos de auxílio-desemprego mostrou que os empregadores estão cortando vagas à medida em que os lucros caem. O número de pessoas que continuam recebendo o auxílio após a primeira semana aumentou em 40 mil na semana terminada em 4 de outubro, para 3,71 milhões, o maior nível desde junho de 2003. O dado de atividade no Meio-Atlântico norte-americano mostrou que o cenário de produção em desaceleração e desemprego crescendo persistiu em outubro. O índice do Fed da Filadélfia caiu para menos 37,5 neste mês, a menor leitura desde outubro de 1990, ante 3,8 em setembro. CENÁRIO DE JURO Economistas disseram que a inflação em desaceleração e a fraqueza do mercado de trabalho dão ao Federal Reserve espaço para mais cortes de juros. "Com as empresas cortando... as perspectivas para os postos de trabalho e para a taxa de desemprego são terríveis", disse Ian Shepherdson, economista-chefe do High Frequency Economics. O Fed disse que os furacões Gustav e Ike e a greve na Boeing reduziram fortemente a atividade industrial em setembro. No front inflacionário, o núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui os voláteis custos de alimentos e energia, subiu 0,1 por cento, abaixo da alta de 0,2 por cento prevista pelos economistas. (Por Mark Felsenthal e Emily Kaiser)

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