Publicidade

Produção industrial brasileira cresce 3,2% em agosto

O resultado, ante mesmo mês de 2005, ficou no no teto das estimativas, que variavam de 2% a 3,20%

Por Agencia Estado
Atualização:

A produção industrial brasileira cresceu 0,7% em agosto em relação a julho, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou o IBGE nesta quinta-feira. O resultado veio dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE-Projeções, que variavam de -0,30% a +1,10%, e acima da mediana de 0,60%. Na comparação com agosto de 2005, a produção cresceu 3,2%, no teto das estimativas, que variavam de 2% a 3,20%, com mediana em 2,70%. De janeiro a agosto de 2006, a produção industrial acumula alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2005. Em 12 meses até agosto registra crescimento de 2,2%. Os técnicos do IBGE acreditam que o resultado da produção industrial de agosto "reforçam os sinais de discreta recuperação no ritmo da atividade fabril". O índice de média móvel trimestral, principal indicador de tendência, mostra crescimento de 0,1% na produção do trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em julho. Bens de capital A produção de bens de capital, que reflete os investimentos no País, cresceu 2,8% em agosto, ante julho, e aumentou 7,4% ante agosto do ano passado, segundo o IBGE. O aumento apurado em relação ao mês anterior foi o maior para bens de capital desde dezembro de 2005. Nas demais categorias pesquisadas, os bens intermediários apresentaram alta de 0,7% em relação a julho e 3,4% ante agosto de 2005; bens de consumo duráveis, aumento de 1,6% ante julho e de 5,4% ante agosto de 2005; bens não duráveis, queda de -0,9% ante julho e alta de 1,2% ante agosto de 2005. Bens de capital A produção de bens de capital, que reflete os investimentos no País, cresceu 2,8% em agosto, ante julho, e aumentou 7,4% ante agosto do ano passado, segundo o IBGE. O aumento apurado em relação ao mês anterior foi o maior para bens de capital desde dezembro de 2005. Nas demais categorias pesquisadas, os bens intermediários apresentaram alta de 0,7% em relação a julho e 3,4% ante agosto de 2005; bens de consumo duráveis, aumento de 1,6% ante julho e de 5,4% ante agosto de 2005; bens não duráveis, queda de -0,9% ante julho e alta de 1,2% ante agosto de 2005. O coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, destacou o aumento da produção de bens de capital em agosto. Segundo ele, os dados mostram expansão da capacidade produtiva, já que, ao contrário do que vinha ocorrendo anteriormente, desta vez houve aumento também em bens de capital para a indústria. Antes, o crescimento estava concentrado em máquinas e equipamentos "para fora da indústria", como energia e construção. Para Sales, os dados de bens de capital apontam para um crescimento da formação bruta de capital fixo (FBCF) no PIB, já que há aumento na produção de máquinas e equipamentos e de insumos para a construção, que são os dois componentes da FBCF. O crescimento da produção de bens de capital acima da média da indústria em geral em agosto ocorreu não apenas nos dados comparativos a julho (2,8%) e a agosto de 2005 (7,4%), mas também no índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência. Enquanto o índice de média móvel da indústria em geral foi de 0,1% no trimestre encerrado em agosto ante o terminado em julho, no caso de bens de capital a expansão foi de 1,2%. Além disso, na comparação entre o trimestre encerrado em março - quando a indústria iniciou a série de cinco crescimentos consecutivos, até agosto, na média móvel trimestral - e o terminado em agosto, o crescimento de bens de capital foi de 2,3%, ante 1,3% para a indústria em geral. As boas notícias em relação aos bens de capital - ou seja, aos investimentos - prosseguem com a constatação de que, em agosto, a expansão dessa categoria se ampliou também para as máquinas e equipamentos para fins industriais (14,3% ante agosto de 2005), o que não vinha ocorrendo anteriormente. Este é o segmento que sinaliza investimentos da indústria em expansão de capacidade produtiva. O coordenador do IBGE avalia que "se a importação (de bens de capital) continua crescendo e a oferta interna também, significa que o bolo de investimentos na indústria aumentou". Em "quantum" (quantidade) as importações de bens de capital cresceram 18,8%, em agosto ante igual mês de 2005. Segundo Sales, boa parte dos equipamentos importados estão voltados para expansão da capacidade industrial. Os dados apresentados por Sales mostram que, no bimestre julho a agosto, a produção de bens de capital em geral cresceu 7,9%, acelerando a expansão ante o período acumulado de janeiro a junho (5,0%). Também neste caso, houve uma reversão importante nos dados de bens de capital para indústria, cujo crescimento no bimestre foi de 11,9%, ante uma queda de 1,9% apurada no primeiro semestre deste ano. Revisões Com a introdução dos dados de agosto na série com ajuste sazonal dos indicadores de produção industrial, o IBGE revisou os resultados divulgados anteriormente de julho ante junho (de 0,6% para 0,7%) e de junho ante maio (de -1,3% para -1,1%). Sales afirmou que a revisão resulta exclusivamente da introdução dos novos dados na série. O IBGE também divulgou a revisão do resultado da variação da produção industrial de julho de 2006 ante julho de 2005, de +3,2% apresentados anteriormente para +3,5%. O coordenador do instituto, explica que as revisões de dados ante igual mês de ano anterior não costumam ser freqüentes, ao contrário das mudanças de resultados ante mês anterior, que ocorrem a cada introdução de novos dados na série com ajuste sazonal. Segundo ele, a revisão dos dados de julho ocorreu por causa de mudanças nos resultados informados por indústrias do segmento de bens de consumo semi e não duráveis, especialmente do setor têxtil. As indústrias que respondem ao questionário do IBGE informam, a cada mês, tanto os dados relativos ao mês a que se refere a pesquisa como também a confirmação dos dados informados anteriormente. Quando há mudança nesses dados originais, há revisão dos resultados já divulgados da pesquisa, como ocorreu em julho. Matéria alterada às 13h06 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.