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Produção industrial cai 2,5% em julho

Por Agencia Estado
Atualização:

A produção industrial caiu 2,5% em julho ante junho, segundo divulgou o IBGE. O resultado veio muito abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado (-0,2% a -1%). Na comparação com julho de 2005 houve crescimento de 0,5%, também muito abaixo das estimativas (1% a 4,6%). Com os resultados de junho, a produção desacelerou o resultado acumulado do ano para 4,3% de janeiro a julho, inferior aos 5% acumulados no primeiro semestre. Houve desaceleração também no dado de 12 meses, de 6,7% até junho para 5,8% até julho. A produção de bens de capital recuou forte em julho na comparação com junho (-7,6%). Ante julho do ano passado, houve queda de 4,4%. Houve queda na produção de todas as categorias de uso pesquisadas pelo IBGE ante mês anterior: duráveis (-5,9%); intermediários (-1,9%); não duráveis (-0,9%). Na comparação com julho do ano passado, houve queda em bens intermediários (-1,8%) e crescimento em bens duráveis (13,2%) e não duráveis (3,1%). Os dados de média móvel trimestral da produção industrial, considerados o principal indicador de tendência, mostraram que o resultado negativo da produção em julho ante junho tornou "praticamente estável" esse indicador. Segundo o documento de divulgação do IBGE, o trimestre encerrado em julho mostrou um acréscimo de 0,2% ante o encerrado em junho, resultado considerado como estabilidade. Entre as categorias de uso, o índice de média móvel trimestral mostrou estabilidade também em bens de capital (0,4%), bens intermediários (0,1%), e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,1%). Bens de consumo duráveis (2,1%) permaneceram como a área de maior dinamismo nesse indicador. A queda de 4,4% na produção de bens de capital em julho ante igual mês do ano passado ocorreu por uma "redução de caráter generalizado no setor". Além do desempenho adverso de máquinas e equipamentos agrícolas (-41,6%), que manteve seqüência de 11 taxas negativas, sobressaíram os recuos em máquinas e equipamentos industriais (-12,1%), em equipamentos para transportes (-5,7%) e na produção de bens de capital de uso misto (-0,8%). Os únicos subsetores com resultados positivos foram bens de capital para construção (24,5%) e para energia elétrica (21,9%).

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