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Produção industrial cai pelo 4º mês consecutivo, aponta CNI

Setor encerrou 2016 ainda em situação difícil, mas CNI enxerga perspectivas melhores para este ano

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:
Uso da capacidade instalada aumentou Foto: Marcos de Paula/Estadão

A indústria brasileira encerrou o ano de 2016 em situação difícil, mas com perspectivas melhores do que as do ano anterior, conclui a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A produção industrial registrou queda em dezembro pelo quarto mês consecutivo, com recuo expressivo em relação a novembro, o que costuma acontecer no último mês do ano, quando encerra-se a produção para as vendas do Natal.

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Em dezembro de 2016, o índice que mede a evolução da produção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ficou em 40,7 pontos, o maior dos últimos quatro anos para o mês. Pela metodologia da pesquisa, números abaixo de 50 indicam queda. Em novembro, o índice estava em 47 pontos. O número, porém, ficou acima do registrado em dezembro de 2015, quando esta em 35,5 pontos.

A utilização da capacidade instalada aumentou 1 ponto porcentual em relação ao ano anterior, fechando 2016 em 63% (ante 62% em 2015). Foi o primeiro crescimento na comparação anual desde março de 2014. Em novembro, esse porcentual era de 66%.  A CNI considerou uma boa notícia o fato de os estoques ter terminado o ano abaixo do planejado, o que indica que pode haver aumento na produção para recompô-los.

"Esse aumento poderá ser ainda mais intenso, caso sejam confirmadas as expectativas dos empresários: crescimento da demanda e da quantidade exportada nos próximos seis meses", completa o documento. O indicador de nível de estoques caiu de 48,3 em novembro para 46,5 em dezembro. No fim de 2015 estava em 46,6 pontos.

O emprego industrial, por outro lado, continuou em queda em dezembro e registrou o menor índice desde julho, 44,7 pontos. Em novembro, o indicador estava em 45,8 pontos e, em dezembro de 2015, em 41,5 pontos. 

Perspectivas. Para os próximos seis meses, as expectativas dos industriais são de crescimento na demanda, exportações e compra de matérias-primas. Há projeção, porém, de redução no número de empregados, que ficou em 46,4 pontos, ante 45,5 em dezembro e 41,3 no último mês de 2015. O aumento no indicador, porém, sugere um arrefecimento no ritmo das demissões. 

Também a intenção de investir está abaixo dos 50 pontos, ficando em 45,3 pontos, maior, do que em dezembro de 2015 (41,6) e do que e novembro (44,6). 

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Os empresários apontam a elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e elevada taxa de juros entre os principais problemas enfrentados pela indústria. A Sondagem Industrial foi feita entre 3 e 13 de janeiro com 2.268 empresas, sendo 929 pequenas, 818 médias e de grande porte. 

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