PUBLICIDADE

Produção industrial cresce 4,1% em abril

Por Agencia Estado
Atualização:

O IBGE informou que a produção industrial cresceu 4,1% em abril, quando comparada a março (já descontadas as influências sazonais), e 6% na comparação com abril de 2001. Comparado ao ano passado, este aumento de 6% foi o primeiro depois de oito meses seguidos de queda. Com ele, o acumulado do ano passa a indicar quase uma estabilidade de produção, com leve queda de 0,1%. Até março, este indicador apontava queda expressiva de 2,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, ainda há queda de 0,7%. O IBGE explica que parte do desempenho de abril, comparado a março, decorreu do maior número de dias trabalhados, já que a Semana Santa, que tradicionalmente é em abril, foi em março este ano. De março para abril, houve crescimento em 17 dos 20 ramos industriais pesquisados. Os principais foram em produtos alimentares, 8,5%, mecânica, 8,4%, e material elétrico e de comunicações, 11%. Na comparação com abril do ano passado, o avanço fica mais evidente e os principais destaques foram os setores de extrativa mineral, com 13,5%, produtos alimentares, 12,8%, mecânica, 9,6%, mobiliário 20,4% e farmacêutica, 18,6%. No caso da indústria extrativa mineral, o avanço reflete o contínuo crescimento da indústria de petróleo e gás natural. O aumento da produção em abril já havia sido projetado pelo Ipea, que previu crescimento de 4,5% sobre o ano passado. Inversão O desempenho da produção industrial brasileira se inverteu entre o primeiro e o segundo bimestre deste ano. Comparado a 2001, apresentou queda de 1,3% nos primeiros dois meses deste ano, mas crescimento de 1,2% no período março/abril. A comparação bimestral retrata melhor a evolução da produção este ano do que a análise isolada do mês de abril, que registrou avanço de 6%, porque elimina o chamado efeito calendário. Este ano, a Semana Santa, que tradicionalmente é em abril, foi em março. Além disso, o mês de abril deste ano teve 22 dias úteis, dois a mais do que no mês anterior e em igual período do ano passado. "A evolução do segundo bimestre altera o indicador do ano", afirma o chefe do departamento de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitica (IBGE), Silvio Sales. Com o avanço no bimestre, o acumulado do ano, que estava em queda, fechou o quadrimestre em quase estabilidade, com recuo de -0,1%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.