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Produção industrial cresce em 8 de 14 regiões

A região Nordeste e São Paulo registraram taxas positivas de crescimento, mas com taxa abaixo da média nacional, em 0,5% e 0,3%, respectivamente.

Por Agencia Estado
Atualização:

Em novembro, a produção industrial cresceu em oito das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), na comparação com novembro de 2004. Para essa pesquisa, não há dados comparativos a mês anterior. Entre os estados, Pernambuco foi o destaque de crescimento. De acordo com o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, este resultado reflete o bom desempenho do segmento de alimentos e bebidas, impulsionado pelas exportações de açúcar, o principal produto na pauta das vendas externas do estado em 2005. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pará vieram em seguida. Todas essas regiões apresentaram crescimento superior ao do total do Brasil (0,6%). A região Nordeste e São Paulo registraram taxas positivas de crescimento, mas com taxa abaixo da média nacional, em 0,5% e 0,3%, respectivamente. Os estados que ficaram com crescimento negativo são: Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará e Paraná. Crescimento acumulado no ano No acumulado de janeiro a novembro, frente a igual período de 2004, houve expansão em quase todas as regiões pesquisadas, exceto no Ceará (-1,1%) e no Rio Grande do Sul (-3,8%). Neste indicador, a liderança do desempenho regional, em termos da magnitude do crescimento, permaneceu com Amazonas, com crescimento de 13,5%. Com taxas acima da média nacional (3,1%) estavam também Minas Gerais (6,4%), Pará (3,8%), São Paulo (3,7%), Bahia (3,5%) e Goiás (3,2%). Os demais locais registraram os seguintes resultados acumulados no ano: região Nordeste e Pernambuco (ambos com 2,3%), Rio de Janeiro (1,9%), Espírito Santo (1,8%), Paraná (1,0%) e Santa Catarina (0,4%). São Paulo Os últimos três meses assinalaram os resultados mais baixos da indústria paulista desde fins de 2003. Na comparação com novembro de 2004, mesmo apresentando predomínio de 12 atividades com resultados negativos, a produção industrial paulista aumentou a produção na indústria farmacêutica (35,7%), veículos automotores (3,3%), edição e impressão (4,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,8%). Entre os ramos que assinalaram queda na produção, os que mais pressionaram a média da indústria foram: material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10,0%), máquinas e equipamentos (-5,7%), vestuário (-17,9%) e metalurgia básica (-8,2%). Macedo disse que o crescimento de apenas 0,3% na indústria de São Paulo - que responde por cerca de 40% da produção nacional - em novembro reflete com precisão o cenário da indústria brasileira, com reação dos bens de consumo semi e não duráveis insuficiente para garantir um ritmo mais forte para o setor. "O resultado de São Paulo está relacionado ao menor ritmo da atividade industrial no País como um todo nos últimos três meses, além de uma base de comparação elevada", disse.

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