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Produção industrial tem alta de 2,8% em comparação a fevereiro de 2017

Após recuar 2,4% em janeiro, produção industrial tem alta de 0,2% em fevereiro

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

A produção industrial apresentou avanço de 0,2% no mês de fevereiro em relação a janeiro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta terça-feira, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a fevereiro do ano passado, houve avanço de 2,8%. A taxa acumulada de crescimento da indústria nos últimos 12 meses é de 3,0% .O avanço ocorreu após uma queda de 2,4% em janeiro, mês que encerrou série de quatro meses positivos.

Pesquisa Industrial Mensal foi divulgada nesta terça-feira, 3, pelo IBGE Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

A alta de 2,8% na produção industrial em fevereiro ante fevereiro de 2017 foi a mais acentuada para o mês desde 2014, quando a indústria havia registrado expansão de 4,8%, informou o IBGE.+ Queda dos juros libera R$ 196 bilhões, diz ministério "Esse é o décimo mês seguido de crescimento para esse tipo de comparação. Embora seja a taxa menos acentuada desde setembro do ano passado, de modo geral, há predominância de resultados positivos", ressaltou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE. No primeiro trimestre do ano, o avanço de 4,3% registrado pela produção industrial é o melhor desempenho para o período desde o primeiro bimestre de 2011, quando o crescimento ficou em 4,7%.Para Macedo, o movimento de recuperação das perdas recentes da indústria brasileira ainda ocorre de forma gradual. "Depois dos quatro últimos meses de 2017 com comportamento positivo, que dá um crescimento acumulado de 4,1%, a indústria inicia o ano de 2018 com comportamento de menor intensidade. Mas mesmo com esse início de 2018 para o total da indústria num ritmo menor, o patamar da produção de fevereiro é o segundo maior desde agosto de 2015. O maior patamar recente é o de dezembro", apontou.

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"Claro que o ritmo de produção do início de 2018 mostra perdas, mas ainda está em patamar melhor do que já esteve no final de 2016 e início de 2017", completou.

A indústria operava em fevereiro 15,1% abaixo do pico de produção registrado em maio de 2011, segundo os resultados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física divulgados pelo IBGE. O ritmo de produção estava em patamar semelhante a abril de 2009, época da crise financeira internacional.+ Vamos ‘empoderar’ bancos menores, diz presidente do BC

Bens de capital.  A produção da indústria de bens de capital teve ligeira alta de 0,1% em fevereiro ante janeiro. Na comparação com fevereiro de 2017, o indicador mostrou crescimento de 7,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

No ano, houve crescimento de 12,6% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 7,2%.+ CNI apura recuperação industrial em ritmo lento

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou avanço de 1,2% na passagem de janeiro para fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2017, houve aumento de 4,4%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 5,3%. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 3,6%.

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Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de fevereiro foi de alta de 1,7% ante janeiro, além de avanço de 15,6% em relação a fevereiro de 2017. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução na produção de 0,6% em fevereiro ante janeiro, mas alta de 1,6% na comparação com fevereiro do ano passado.+ Primeira parte da agenda econômica está encerrada, diz Meirelles

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 0,7% em fevereiro ante janeiro. Em relação a fevereiro do ano passado, houve crescimento de 1,5%. No ano, os bens intermediários tiveram aumento de 2,9%. Em 12 meses, houve elevação de 2,1% na produção.

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria teve alta de 0,3% em fevereiro.Setores.  A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias saltou 16,8% em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2017. Ante janeiro deste ano, o crescimento foi de 0,9%, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal. "A produção de automóveis cai em fevereiro ante janeiro, mas os caminhões puxam alta na atividade de veículos", lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

O setor exerceu a maior contribuição positiva para o avanço de 2,8% da indústria nacional em fevereiro em relação a fevereiro do ano passado. Mas os resultados positivos foram disseminados, alcançando 18 dos 26 ramos industriais, 55 dos 79 grupos, 55% dos 805 produtos pesquisados e todas as quatro grandes categorias econômicas.

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"O resultado não teve influência de efeito calendário. Foram 18 dias úteis em fevereiro de 2018 e também em fevereiro de 2017", lembrou Macedo.

Os bens de consumo duráveis e bens de capital tiveram os maiores avanços. O segmento de bens de consumo duráveis subiu 15,6% em fevereiro de 2018 frente a igual período de 2017, a décima sexta taxa positiva consecutiva. O setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (11,8%) e de eletrodomésticos da "linha marrom" (41,1%), em especial os televisores, que vêm apresentando aumento por conta da demanda estimulada pela Copa do Mundo. Nos bens de capital, a produção cresceu 7,8% em relação a fevereiro de 2017, a décima alta consecutiva, com contribuição dos equipamentos de transporte (15,8%).Metodologia.  O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o dado da produção industrial do mês de janeiro de 2018 ante dezembro de 2017, de uma queda de 2,4% para recuo de 2,2%. O movimento foi resultado de uma mudança na metodologia de ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física.

Segundo André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE, houve mudança no software usado para ajustar sazonalmente a série, além de uma incorporação de duas atividades industriais que não tinham ainda informações suficientes para serem contabilizadas nessa série ajustada sazonalmente: Impressão e reprodução de gravações; e Manutenção e reparação de instalação de máquinas e equipamentos.

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"Houve mudança de software, uma modernização, e a gente atualizou também os parâmetros de ajuste sazonal. Consideramos um número maior de informações para dar maior precisão ao ajuste sazonal. E para além disso, as séries de outras duas atividades estão sendo incluídas", explicou Macedo.

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