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Produção industrial tem maior crescimento desde dezembro

A alta foi de 1,6% na comparação com abril. Também houve crescimento de 4,8% em relação a maio de 2005, acumulando 3,3% no ano

Por Agencia Estado
Atualização:

A produção industrial teve em maio, na comparação com abril, a maior alta desde dezembro último, ao atingir 1,6%. O dado, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou ainda que a expansão não foi verificada somente no período. Também houve crescimento de 4,8% em relação a maio de 2005, acumulando 3,3% no ano e 2,6% nos últimos 12 meses. Segundo o IBGE, na comparação com abril, o aumento da produção do setor atingiu 13 das 23 atividades com séries sazonalmente ajustadas. Os destaque ficaram para veículos automotores (6,2%), alimentos (2,5%) e máquinas e equipamentos (3,1%). As pressões negativas mais importantes vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,9%) e outros químicos (-2,7%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao mês anterior, o setor de bens intermediários sustentou o maior ritmo de crescimento (1,9%) e teve alta pelo terceiro mês consecutivo, acumulando 2,3% no ano. Também acima da média(1,6%), o segmento de bens de capital avançou 1,8% frente a abril. A produção de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%), embora abaixo da média, mostra aumento pelo segundo mês consecutivo, acumulando 1,8% de avanço nesses dois meses. Bens de consumo duráveis, após crescimento de 1,6% em abril, registra em maio uma queda de 0,3%. Indício significativo "Pela primeira vez no corrente ano há um indício significativo de aceleração da produção industrial", segundo documento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que analisa os dados da produção industrial Para o Iedi, é significativo que dessa vez o crescimento não esteja ancorado nos bens de consumo duráveis, mas "na dobradinha bens de capital/bens intermediários, sendo este último o segmento de maior peso na estrutura industrial brasileira, que praticamente não vinha crescendo nos últimos meses". Para o Iedi, este é um sinal de que os setores de base da indústria "passaram a assumir a dianteira da evolução da economia, o que é um fato altamente positivo, embora precise ser confirmado pelos dados dos meses vindouros". Para o Iedi, a trajetória dos juros nos próximos meses é que determinará a continuidade ou não dessa dianteira dos setores de base. Como lado negativo dos dados da pesquisa industrial mensal de maio, o Iedi destaca a "enorme concentração" do crescimento acumulado de 3,3% na produção, de janeiro a maio, em apenas quatro setores - máquinas para escritórios e equipamentos de informática; indústrias extrativas; material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações; e refino de petróleo e álcool - que foram responsáveis por 54,8% do crescimento da indústria geral nessa base de comparação. Este texto foi atualizado às 16h55.

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