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Produção industrial volta a cair e setor prevê mais demissões

Expectativa de recuperação do setor após o fim da Copa do Mundo e com a proximidade do fim de ano não se confirmou, diz CNI

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Por Redação
Atualização:
Apesar da queda de produção, a utilização da capacidade instalada subiu 2% em agosto Foto: Felipe Rau/Estadão

A utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria subiu dois pontos porcentuais em agosto na comparação com julho, registrando 72%, ante 70%. Apesar disso, a indústria reduziu a produção. Em agosto, o índice de produção recuou para 48,2 pontos, de 48,8 pontos registrados em julho. Os dados constam da pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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"Esperávamos alguma melhora na comparação com julho e junho, que foram meses afetados pelas paralisações parciais e totais por conta da Copa do Mundo e também por conta da proximidade do período do final de ano, mas o cenário em agosto permaneceu tão negativo quanto nos meses anteriores", diz o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

O quadro negativo da economia está levando os empresários a preverem demissões nos próximos seis meses. "A expectativa de queda do número de empregados para os próximos seis meses é a mais intensa e disseminada pela indústria", diz a entidade. O nível de emprego na indústria melhorou no mês passado, subindo para 46 pontos, ante 45 de julho. Mas a melhoria não sinaliza recuperação. A pontuação abaixo de 50 pontos na pesquisa indica retração. A expectativa negativa já tem impacto na previsão de geração de vagas em setembro, com a indústria esperando 47,8 pontos para o indicador - a mais baixa desde 2009.

A projeção das grandes empresas é de que o indicador de empregados atinja 48,3 pontos na pesquisa deste mês, contra 48,9 pontos do mês passado. As médias companhias estimam 46,4 pontos neste mês, ante 47,9 da expectativa para agosto. Os pequenos empregadores são os mais otimistas, pontuando uma expectativa de 48,4 pontos para setembro, numa pequena variação ante os 49,5 pontos do mês anterior.

A pesquisa registra índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado de 52,2 pontos, o maior desde junho de 2012. "O indicador acima dos 50 pontos revela o aumento dos estoques indesejados", assinala a CNI.

Expectativa. Além do cenário negativo para a geração de emprego, a pesquisa também registrou o pessimismo dos empresários para as exportações. O indicador de expectativa de quantidade exportada para os próximos seis meses foi de 48,7 pontos em agosto. Isso representa perspectiva de queda nas exportações.

A pesquisa foi realizada entre 1º e 10 de setembro, com 2.240 indústrias brasileiras. Dessas, 857 são pequenas, 817 são médias e 556 são de grande porte.

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