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Produtividade depende da educação

Para que o País seja capaz de competir no mercado internacional, trabalhadores precisam estar preparados para usar tecnologia

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Por Beatriz Bulla , Dayanne Sousa e Gabriela Lara
Atualização:

A competitividade do Brasil no mercado internacional depende de avanços importantes na educação. O trabalhador brasileiro tem um quinto da produtividade do trabalhador americano. Boa parte dessa diferença está na falta de preparo dessa mão de obra. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na terça-feira que a produtividade é um ponto central da competitividade no médio e longo prazos. Ele participou do evento Fóruns Estadão Brasil Competitivo "Educação e mão de obra para o crescimento", realizado pela Grupo Estado com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mercadante ressaltou que é preciso que as empresas criem a cultura de formação de talentos profissionais e citou o Pronatec ao defender que o País possui hoje um programa de investimento em formação profissional. "Estamos discutindo a formação dual - trabalhar estudando e estudar trabalhando", comentou Mercadante. O ministro fez ainda uma defesa do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), ao afirmar que a prova garante o acesso ao ensino superior de modo "muito mais democrático, meritocrático e republicano". Contudo, apontou um problema: dos cinco milhões que fazem Enem, metade não terá vaga nas universidades. Por isso, reforçou o ministro, é importante oferecer e valorizar o curso técnico. Ele mencionou que um terço dos estudantes que ingressam na universidade hoje fazem isso via políticas de inclusão, como os benefícios do ProUni e financiamentos estudantis (Fies). "Precisamos criar cultura de empreendedorismo, patente do conhecimento na universidade", defendeu o ministro. "Se quisermos pensar em economia, temos de pensar da creche à pós-graduação."Qualidade. O economista e pesquisador em economia da educação Gustavo Ioschpe afirmou que a deficiência educacional do Brasil já se reflete no mercado do trabalho e que o País deve traçar um plano de ação se não quiser perder mais competitividade no longo prazo. "Se entendemos que a educação é um ativo estratégico para a competitividade brasileira, e vemos que o sistema de ensino não vai bem, temos de apontar diagnósticos." 

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