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Produtor brasileiro ganha Bolsa Brasileira de Mercadorias

Por Agencia Estado
Atualização:

O produtor brasileiro vai contar com uma bolsa específica, em âmbito nacional, para comercializar seu produto. Trata-se da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) que começou a operar hoje. A BBM é resultado da fusão de seis bolsas de mercadorias regionais - Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Uberlândia - e nasce com a participação majoritária da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que detêm 55% do seu patrimônio. A solenidade de lançamento da BBM contou com a participação do ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, e do vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Conceição. O presidente da BM&F, Manoel Cintra, deu um tom político ao evento. No discurso de abertura da solenidade, Cintra disse que o importante é o Brasil que produz. "O governo é importante mas não pode estar acima das instituições?, afirmou. Manoel Cintra chamou a atenção para o fato da BMM nascer a poucos dias da eleição que vai definir o nome do Presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. "Não vamos parar por causa das eleições e nem porque o presidente será A ou B", argumentou. Ele disse que a BMM nasce com o objetivo de organizar o mercado físico de produtos e impulsionar a comercialização. "É a inflação e não o mercado o grande inimigo da produção", afirmou. Na BBM o produtor comercializará, prioritariamente, produtos físicos no mercado à vista. Ele também terá a opção de negociar no mercado de opções ou a termo, se comprometendo a entregar determinado produto em determinada data. O Banco do Brasil funcionará como liquidante da operação e, segundo seu vice-presidente, Ricardo Conceição, também passará a fazer leilões de mercadorias na bolsa, oferecendo também as Cédulas de Produtos Rurais (CPR). Ricardo Conceição explicou que a nova bolsa terá um papel importante a desempenhar no mercado secundário. Ele disse que hoje esse mercado é praticamente inexistente. Quem compra um CPR, por exemplo, nos leilões do BB geralmente fica com o papel na gaveta até a data de vencimento. Com a BBM, Conceição espera que esse quadro mude.

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