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Produtor de carne bovina acha modelo ''satisfatório''

Por Fabiola Salvador
Atualização:

Enquanto os exportadores de suínos pedem um novo modelo para distribuição das cotas da Rússia para a importação de carnes, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), que representa os exportadores de carne bovina, classifica o modelo atual como "satisfatório". Para o diretor executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira, o fato de o Brasil estar na categoria de "outros países" é mais favorável do que ter cota fixa para exportação. "O Brasil, que é muito competitivo, não fica limitado a uma quantidade fixa. Podemos abocanhar o volume que deixa de ser exportado por outros países", disse. A Rússia é a principal importadora de carne bovina in natura do Brasil. Fontes do Ministério da Agricultura explicam que o Brasil atua num mercado "sem concorrentes de peso" no caso da carne bovina. Além disso, as características da pecuária de corte impedem a adoção de política de ampliação da produção na Rússia. "É fácil construir um galpão e criar aves e suínos, mas para ampliar a oferta de carne bovina é preciso ter áreas para pastagem. E a Rússia não tem", observou Oliveira. A Rússia adotou uma política de substituição das importações como forma de desenvolver o mercado interno, o que certamente vai influenciar no volume de produção de frangos e suínos. Mesmo diante das divergências entre produtores, proposta de alteração da política de importações com a adoção de cota única foi apresentada 6ª-feira, em São Paulo, por representantes dos exportadores de carne suína ao ministro da Agricultura da Rússia, Alexey Gordeev, que concordou com a proposta, segundo fonte do governo.

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