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Produtores rurais pressionarão Lula em Brasília

"O governo tem sido absolutamente insensível às reivindicações do setor", justificou o presidente da FAEG, Macel Caixeta

Por Agencia Estado
Atualização:

Representantes dos produtores rurais reunidos nesta terça-feira, em Goiânia, decidiram por uma mobilização nacional em Brasília, no próximo dia 16, para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na mobilização, pretendem contar com o apoio dos governadores e dos parlamentares, além de ações de estreitamento de ruas e estradas, em todo o País, para sensibilizar o governo e a sociedade. No dia do protesto nacional, eles estarão apresentando três das principais reivindicações do setor: Garantia de Liberação de recursos para plantio com juros equalizados (controlados), mais a efetivação do seguro rural de, no mínimo, 50% de subvenção do prêmio por parte do governo, e garantia de preços mínimos equivalentes aos custos de produção. "O governo tem sido absolutamente insensível às reivindicações do setor", justificou o presidente da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (FAEG), Macel Caixeta. "Então nós vamos pressioná-lo em Brasília e, a partir do Congresso Nacional, pois não suportamos mais o jugo da política econômica desastrosa e da política agrícola sem nenhuma duração que nos é dada pelo Governo Federal", disse. Além da distribuição de alimentos e panfletos, os produtores já garantiram espaço no auditório Petrônio Portela, e contam ainda com o apoio da bancada ruralista no Congresso. Simultaneamente, produtores rurais em todo o País farão protestos coordenados, com definição de pontos e horários, com estreitamento de ruas e estradas e o fechamento de armazéns visando sensibilizar o governo enquanto revela a unidade do movimento. Desabastecimento "Os produtores rurais devem provocar o desabastecimento", pregou o presidente da Federação de Agricultura do Mato Grosso (Famato), Homero Pereira. Segundo ele, em seu Estado e em 56 municípios foi decretado o Estado de Emergência. Os protestos se multiplicaram de maneira espontânea, e como surgiram da base da sociedade civil organizada, não tem hierarquia. "As perdas dos produtores estão na ordem de US$ 250 por hectare", disse Pereira. "Isso significa que perdeu mais quem plantou mais porém todos tiveram problemas", avaliou. De acordo com avaliações de um representante da Comissão de Grãos da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Ivo Arnt Filho, uma das conseqüências mais visíveis e dramáticas da crise que se instalou no campo está no desemprego.

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