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Produtos baratos ganham mercado

Marcas de preço baixo ganharam mais espaço no mercado em 2001. Classes C e D tiveram participação importante no crescimento, mas analistas dizem que consumidor teve perda de poder aquisitivo, o que também influiu.

Por Agencia Estado
Atualização:

As marcas de preço baixo foram as que mais ganharam participação de mercado no ano passado, segundo pesquisa efetuada pela ACNielsen no varejo brasileiro. As classes C e D, que representam 40% do consumo nos supermercados, tiveram participação importante nesse crescimento porque o atributo preço é considerado fator decisivo na escolha de produtos. Ao analisar as mudanças no mercado brasileiro em 2002, a ACNielsen concluiu que 51% das marcas de baixo preço ganharam participação no ano passado em relação ao anterior. O consumidor de modo geral teve uma perda de poder aquisitivo nos últimos anos, de acordo a gerente de Comunicação da ACNielsen, Isabel Spaolonzi. "A população economicamente ativa nas classes C e D cresceu nesse período", diz. Para a faixa de renda de menor poder aquisitivo, o preço só pesa menos na hora da compra de determinados produtos como frios, laticínios, verduras e legumes. Nestes casos, ganham importância qualidade e variedade. A pesquisa dá vários exemplos de crescimento de participação de marcas mais baratas. No segmento de fraldas descartáveis, por exemplo, as marcas de baixo preço, que tinham uma participação de 25% no mercado em 1998, aumentaram sua participação para 43% no ano passado. Já as marcas de preço intermediário ou consideradas "premium" perderam participação no mesmo período, caindo de 75% em 1998 para 57% em 2001. Os supermercados de vizinhança, com até 19 caixas, vêm ganhando importância para o consumidor das classes C e D. Tanto é que 64% dos investimentos de grandes redes de supermercados foram direcionados para este tipo de loja, de acordo com o levantamento. As classes C e D, conclui a pesquisa, representam atualmente uma alternativa de grande potencial de negócios para a indústria e o varejo.

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