
06 de dezembro de 2016 | 18h18
RIO - Com os produtos da ceia de Natal mais caros, mas preços de presentes mais comportados, os brasileiros vão passar pelas festas de fim de ano à míngua pelo segundo ano seguido, conforme projeções da Fundação Getulio Vargas (FGV). Os produtos da ceia estão 10,19% mais caros do que ano passado, enquanto 57,7% dos consumidores entrevistados na Sondagem do Consumidor dizem que gastarão menos no Natal.
Black Friday ‘rouba’ vendas do Natal
Conforme dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV no período de dezembro de 2015 a novembro de 2016, uma cesta de produtos tipicamente usados nas ceias acumulou inflação de 10,19%, contra alta de 6,76% na média. Os destaques de alta no período são o azeite (17,52%), vinhos (16,95%) e frutas frescas (16,91%).
Já os presentes tiveram uma inflação bem mais comportada. Numa lista de 23 produtos que inclui itens de vestuário, eletrodomésticos, livros, entre outros, a alta de preços foi de 4,23%, no mesmo período - abaixo da média de 6,76%, portanto.
Ainda assim, as famílias deverão gastar menos nos presentes. Segundo um quesito especial usado no questionário da Sondagem do Consumidor, também da FGV, 57,7% dos entrevistados pretendem gastar menos com presentes que ano passado, enquanto apenas 5,4% desejam gastar mais. Em 2015, estes porcentuais eram de 61,5% e 5,6%, respectivamente - a pergunta é colocada na sondagem todo fim de ano.
Segundo a FGV, isso sinaliza que a queda nas vendas de Natal em 2016 pode ser menor do que a verificada em 2015. A notícia não é positiva, porque ano passado já foi registrada uma queda de 6,3% nas vendas, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo da FGV aponta ainda que o preço médio dos presentes de Natal, segundo as intenções declaradas pelos consumidores entrevistados, deverá ficar em R$ 102,40, considerando a média de todas as faixas de renda.
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