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Produtos de higiene pessoal vão subir até 8%

Os produtos de beleza e higiene pessoal sofrerão reajuste de 3,9% a 8%. O aumento tem por base a elevação da alíquota das contribuições Pis/Cofins sobre a produção industrial. O reajuste é menor do que a Apas havia previsto.

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir de maio, 50% dos produtos de beleza e higiene pessoal serão reajustados em 3,9% no varejo, enquanto outros 50% dos produtos vão subir entre 7% e 8%, informa o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), Manoel Teixeira. O índice de reajuste dos preços foi calculado com base no aumento da alíquota das contribuições PIS/Cofins sobre a produção na indústria, que subiu de 3,65% para 12,5%. A nova alíquota vale a partir de 1º de abril. Esta semana, o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Omar Assafi, havia dito que o reajuste desses produtos no varejo poderia ficar entre 10% e 12%. Ele explicou que os índices ficarão abaixo disso porque, embora as contribuições sociais tenham sido elevadas, elas passam a incidir somente na fase de produção industrial, e não mais no atacado e no varejo. Além disso, o reajuste dos produtos de higiene e beleza será menor porque está contabilizada a redução do IPI, de 10% para 5%, e de 5% para zero, nos produtos do setor que compõem a cesta básica. A Abihpec também levou em conta a variação do ICMS de um Estado para o outro. "E se chegou a uma média ponderada dos ajustes", frisa Manoel Teixeira. As alterações das alíquotas do PIS/Cofins no setor de beleza e higiene pessoal devem-se a uma medida do governo (Lei 10.147) que reduz o preço dos medicamentos de uso prolongado, para beneficiar aposentados e população de baixa renda. A compensação do governo para que esse mesmo público não sofra com o aumento do custo da cesta básica foi a redução do IPI sobre alguns itens do setor que a compõem. Esses produtos representam 58% da receita líquida da indústria brasileira de beleza e higiene pessoal.

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