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'Profissional pode operar equipamentos, dar aulas, fazer gestão e treinamento'

Por Cris Olivette
Atualização:

Regulamentada em 2011, a profissão de tecnólogo em radiologia oferece vários campos de atuação, afirma o chefe do departamento de diagnóstico por imagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do curso, Nitamar Abdala. "Os equipamentos radiológicos evoluíram muito. Por isso, os médicos radiologistas necessitam ter na área de apoio profissionais com formação aprofundada."Segundo Abdala, esse trabalhador atua na operação dos equipamentos, assim como os técnicos, só que ele tem mais conhecimento relacionado à área biológica e entende mais de anatomia, fisiologia, farmacologia e patologia, prestando, na sua opinião, um serviço mais adequado.Abdala diz que os tecnólogos podem atuar no desenvolvimento de proteção radiológica e de equipamentos. "Também podem fazer a gestão dos processos relacionados à execução dos exames em clínicas e centros diagnósticos de hospitais."Além disso, podem trabalhar em empresas que vendem equipamentos. "As empresas precisam de 'application', profissional que treina a equipe que vai operar os aparelhos recém adquiridos. Assim, eles podem ser contratados por empresas como Siemens, Philips e Toshiba. Esse mercado de trabalho está muito quente."O coordenador ressalta que a Unifesp prevê a formação de futuros professores para o curso tecnológico, que no momento é dado por médicos.Estagiário. O aluno do quarto ano da Unifesp Fernando de Almeida Soares, de 27anos, faz estágio há quatro meses no Instituto de Pesquisa e Ensino em Medicina Diagnóstica e Terapêutica (Ipmed). No trabalho, auxilia na utilização de tecnologias computacionais voltadas ao diagnóstico por imagem, ajuda o médico radiologista a preparar e orientar os pacientes para a realização de exames e interpreta normas técnicas para o uso dos aparelhos."O que mais gosto é de auxiliar no desenvolvimento de conteúdo teórico para cursos voltados à área de radiologia, contribuindo para o desenvolvimento de outros profissionais." Antes de optar pelo curso, Soares consultou a grade curricular. "A interdisciplinaridade do curso chamou minha atenção. Depois, conversei com pessoas da área, que informaram haver grande demanda por profissionais qualificados para lidar com as novas tecnologias." Soares quer fazer pós-graduação para atuar na área de ensino, mas antes vai trabalhar no mercado para ganhar experiência.

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