25 de novembro de 2012 | 02h14
Segundo ele, a especialização em geriatria forma o médico para atender pacientes idosos. "O envelhecimento é um processo muito heterogêneo. Aos 80 anos, temos pacientes que correm maratona, sem nenhuma doença crônica, e outros gravemente enfermos."
O médico geriatra deve estar apto, diz ele, a identificar as peculiaridades de cada paciente e a intervir sobre elas. Cruz afirma que os geriatras usam a avaliação geriátrica ampla, para identificar a capacidade funcional dos pacientes. Esses médicos avaliam a capacidade dos idosos de realizar atividades diárias como cuidar da higiene, fazer compras, e também se tem autonomia para tomar decisões sobre a própria vida. "Esses são os pilares fundamentais da abordagem do geriatra."
O professor diz que o campo de ação dos profissionais é muito amplo. "Na residência da especialização, reproduzimos todos os ambientes de trabalho, por isso eles passam pelo ambulatório, unidade hospitalar, atendimento domiciliar e em casas de repouso, por serem os cenários onde poderão atuar após formados."
Cruz afirma que o mercado de trabalho deveria estar aquecido, mas ainda existe dificuldade de se reconhecer a importância do geriatra. "A especialidade é recente e existem tabus até por parte do paciente, que acha que esse médico atua apenas no fim da vida dos pacientes."
Segundo Cruz, para envelhecer bem é preciso ter boa reserva funcional, como se fosse uma poupança, já que o envelhecimento é um processo de declínio físico e mental. "O momento ideal para procurar um geriatra seria entre os 50 e 60 anos, que é quando o indivíduo está no pico de suas reservas, para fazer um planejamento voltado à sua velhice", conclui.
Salário (40 horas semanais)
R$ 9 mil
Duração (especialização)
4 semestres
Disciplinas
Fisiologia do envelhecimento e promoção à saúde, cardiogeriatria, neuropsiquiatria geriátrica, dor e doenças osteoarticulares
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