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Profissionalização é palavra de ordem

Líderes de organizações brasileiras debatem governança corporativa nas empresas familiares em ferramenta do 'estadao.com.br'

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Por Redação
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Uma das questões mais debatidas quando se fala em governança corporativa nas empresas familiares é o processo de sucessão. Mas ele é o fim de uma série de decisões que começa na maneira como os negócios são conduzidos nas empresas no dia a dia. Estabelecer critérios bem definidos para administrar é o primeiro passo rumo à profissionalização."O tema 'controles' costuma provocar incômodo nas famílias empresárias que acreditam ter o negócio já perfeitamente engrenado. A ideia de ter atividades controladas pode eventualmente gerar um desconforto, porque se transmite equivocadamente a impressão de que o negócio ficará 'engessado' e, consequentemente, oportunidades poderão ser perdidas", explica a professora Ana Paula Candeloro, do Insper. "Controle não 'engessa'. Ele apenas protege a empresa de si própria", ela emenda, argumentando que os controles internos também são uma poderosa arma contra os riscos externos.Os benefícios da implantação desses mecanismos podem levar essas companhias a novos patamares. É o que exemplifica Manuel Mendes, sócio da consultoria Drummond: "A maioria das empresas familiares brasileiras exporta para os seus mercados vizinhos, com semelhança de cultura e idioma, o que sinaliza a necessidade do desenvolvimento de novas competências e parcerias estratégicas, para explorar mercados com maior potencial, a exemplo da América do Norte". Ele destaca que a boa governança pode tanto consolidar o legado da família empresária quanto facilitar a captação de recursos via fundos de investimento ou mesmo abertura de capital.Advogado atuante em Direito Empresarial, o leitor Gilvando Figueiredo Júnior cita os grupos familiares que criam processos para antecipar o processo de sucessão. Estes, ele explica, obtêm vantagens em questões fiscais e tributárias por estarem sujeitos a um risco menor do falecimento do gestor.

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