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Profissões: mercado financeiro

Cada vez mais disputados, os cargos executivos em instituições bancárias são ocupados por profissionais com boa formação, competência, agressividade e experiência no mercado financeiro.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os recursos humanos tornaram-se fundamentais para o sucesso das grandes instituições financeiras e, por isso, as companhias estão investindo cada vez mais no processo de recrutamento de seus executivos. No caso do mercado financeiro, a escolha de bons gestores tem sido valorizada por causa da crescente necessidade de inovação da área. Com a crescente concorrência para altos cargos, quem deseja ocupar uma dessas cadeiras precisa ter boa formação, competência e muita experiência no mercado financeiro. "Os profissionais que atuam na área de investimentos recebem os melhores salários. Isso porque há escassez de profissionais aptos para operar em mercado de capitais, avaliações financeiras e mesas de operação", esclarece Denys Monteiro, sócio da Financial Executive Search Associates (FESA), empresa de recrutamento e avaliação de executivos financeiros. Monteiro explica que o mercado financeiro absorve dois tipos de executivo: o investidor e o varejista. "Em ambos os casos, as carreiras mais requisitadas são engenharia, administração e economia. A diferença é que o profissional que atua no mercado de investimentos precisa estar preparado para estruturar e operar grandes transações, deve ser alguém com perfil agressivo, voltado para resultados", diz o headhunter. "Já o executivo de varejo trabalha com uma plataforma maior de clientes e tem um estilo mais gerencial, focado nos serviços". Como se formam esses profissionais O presidente da Manager Assessoria em Recursos Humanos, Ricardo de Almeida Prado Xavier, diz que as empresas contratam as carreiras de economia e ciências contábeis para a área de corporate finance (análise de riscos, avaliações financeiras e processos de aquisições e vendas de empresas). Para atuar como trader (operação de negócios), o mercado financeiro prefere profissionais formados em administração, engenharia e matemática. "É esse profissional que chega a tesoureiro da instituição, que é a posição top de linha da área de negócios, um cargo de diretoria que exige muita confiança", conta. Devido à grande responsabilidade dos cargos, exige-se extrema especialização desses profissionais. "As empresas dão preferência para profissionais formados em universidades de primeira linha, como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), a FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Além disso, o candidato não pode ter parado os estudos na graduação. Aprofundar-se em cursos de finanças como o MBA é essencial", diz Thomas A. Case, fundador do Grupo Catho. "Além de ter freqüentado uma faculdade bem-conceituada, como a FGV, a USP e a Unicamp, é aconselhável ter feito um MBA fora do país e falar o inglês fluentemente", sugere Xavier. Salários são compensadores A recompensa para tantas exigências é o salário de profissionais que atuam nas áreas de corporate finance, tesouraria (mesa de operações) e mercado de capitais (lançamento de ações). Um gerente de operação de bolsa, por exemplo, ganha em média R$ 5677 por mês, segundo pesquisa da consultoria Arthur Andersen para o ´Estado´. Já um gerente de agências recebe salário médio de R$ 4135 e um gerente de operação de câmbio, R$ 7417. "O salário fixo de um trader ou de um gerente de negócios varia de R$ 5 a R$ 8 mil. Porém o maior ganho desse profissional está nos bônus e nas participações nos lucros que, num bom ano, chegam a dobrar esse valor", explica o presidente da Manager. Veja a seguir, mais matérias a respeito do planejamento da carreira profissional.

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