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Programa Mais Alimentos deve se tornar permanente

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O governo federal quer tornar permanente o programa "Mais Alimentos", de financiamento de tratores e máquinas para pequenos agricultores, afirmou hoje o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, na abertura da Agrishow 2010, em Ribeirão Preto (SP). "O programa criado em 2008, para um ano, foi renovado por mais um ano e agora será perene, uma política pública por determinação do presidente Lula", disse o ministro.Segundo Cassel, a autorização para que o programa seja permanente sairá por meio de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Já existe um acordo com o ministro (da Fazenda, Guido) Mantega, com o Ministério do Planejamento e com o Banco Central", afirmou. Cassel lembrou que, em pouco mais de dois anos, o "Mais Alimentos" já operou 60 mil contratos, com R$ 3 bilhões em financiamentos e possibilitou a compra de 25 mil tratores por pequenos agricultores.O programa, uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), libera até R$ 100 mil por família de agricultores, com juros de 2% ao ano, dez anos de prazo para pagamento e três anos de carência, para compra de máquinas e equipamentos. Atende dez culturas agrícolas e outras atividades, como pecuária, avicultura e pesca.MudançasDe acordo com o ministro, as mudanças no "Mais Alimentos" devem prever a inclusão de novas modalidades, bem como alterações de linhas de crédito e ampliação nos limites de endividamento.O ministro prometeu, ainda, que os recursos destinados à agricultura familiar no Plano de Safra 2010/2011 devem crescer ante os R$ 15 bilhões destinados em 2009/2010. "Os recursos são discutidos agora com o Ministério da Fazenda, mas certamente vamos aumentar o volume de crédito", explicou Cassel. Para ele, assim como na agricultura empresarial, a expectativa é de que sobrem recursos na familiar. "É bom sobrar, porque na agricultura não podemos trabalhar por soluço, temos de ter sempre dinheiro ao agricultor", disse.Cassel considerou "um exagero" o estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que aponta uma perda de R$ 187 milhões no Brasil por conta das invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante o "abril vermelho". "O que interessa não são as invasões e conflitos localizados e sim que a gente tem aumentado ano a ano a nossa produção, produtividade, exportações. Tem gente que se interessa só pelo conflito e o que me interessa discutir é aumento de renda do produtor", concluiu.

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