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Projeção de expansão industrial recua para 21,7% em 2012-14--FGV

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Por Redação
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A projeção para a taxa média de expansão da capacidade instalada na indústria para 2012-2014 recuou para 21,7 por cento, ante previsão no ano passado de 22,2 por cento para 2011-2013, de acordo com a pesquisa Sondagem de Investimentos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada nesta quinta-feira. A pesquisa avalia os planos de investimentos da indústria em expansão da capacidade produtiva. Em 2010, a perspectiva era de aumento de 23,8% para o triênio 2010-2012. Para a FGV, entretanto, apesar da desaceleração do investimento, "uma expansão trienal da ordem de 21,7 por cento pode ser ainda considerada elevada, sendo equivalente a um crescimento anual médio de 6,8 por cento", disse a instituição, que consultou 779 empresas, responsáveis por vendas de 492 bilhões de reais em 2010. Entre as categorias, a maior expansão de investimentos prevista em média para os próximos três anos foi registrada no segmento Não duráveis de consumo, com 24,5 por cento. Em seguida veio o segmento Duráveis de consumo, com taxa de expansão prevista de 23,0 por cento. O maior avanço entre a pesquisa anterior e a atual ocorreu em Material de construção, segmento em que a taxa prevista para o crescimento trienal da capacidade passou de 19,7 por cento para 22,3 por cento. Em Bens de capital, a taxa passou de 20,8 por cento para 23,1 por cento no mesmo período. Já o setor de Bens intermediários apresentou queda de 20,5 por cento, para 19,0 por cento. DEMANDA O nível da demanda interna foi apontado por 75 por cento das empresas como influência positiva para os investimentos em 2012. O nível voltou ao patamar de 2010 depois de ter chegado a 70 por cento em 2011. O nível da demanda foi considerado um fator negativo para os investimentos por sete por cento das empresas. Já o nível da demanda externa foi considerado influência positiva por 32 por cento das empresas em 2012, ante 27 por cento no ano passado. Como influência negativa, o nível da demanda externa foi apontado por 9 por cento das empresas, ante 12 por cento no ano passado. O Ambiente macroeconômico foi considerado uma influência positiva em 2011 por 53 por cento das empresas e negativa por 20 por cento. Nas projeções para 2012, estas taxas ficaram em 53 por cento e 17 por cento, respectivamente. Estes resultados são piores, porém, do que o das previsões feitas no início de 2011 para aquele ano. A influência do ambiente macroeconômico era então considerada positiva por 74 por cento e negativa por 6 por cento das empresas consultadas. O fator Situação econômica externa foi o único em que a proporção das que a avaliam como uma influência negativa sobre o investimento superou a dos que a apontam como influência positiva para 2012, sendo 33 por cento contra 22 por cento. (Reportagem de Camila Moreira)

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