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Projeção do mercado para IPCA 2005 recua para 5,34%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA de 2005 caíram de 5,40% para 5,34% na pesquisa semanal do Banco Central divulgada hoje. Esta foi a 14ª queda consecutiva das previsões, que estavam em 5,55% há quatro semanas. Com a nova redução, as estimativas de inflação ficaram ainda mais próximas do objetivo de 5,1% perseguido pelo Copom para este ano. A pesquisa do BC registrou em contrapartida, um aumento das expectativas de IPCA para 2005 por parte das instituições Top Five no cenário de médio prazo, de 5,40% para 5,50%. Apesar do aumento, o porcentual estimado ainda é inferior aos 5,52% projetados há quatro semanas. As previsões de IPCA para 2006 recuaram, na mesma pesquisa, de 4,98% para 4,96%. Esta foi a segunda redução consecutiva dessas projeções, que ainda se encontram acima do centro da meta de inflação para 2006, de 4,5%. Em relação ao comportamento dos preços administrados, a pesquisa do BC registrou estabilidade nas expectativas de alta para 2005 (de 6,80%) e redução nas expectativas de alta para 2006, de 5,40% para 5%. A despeito da alta do petróleo, a deflação vista nos IGPs (sobretudo por causa do câmbio) tem ajudado a manter as projeções de reajuste de administrados em níveis comportados. A pesquisa do BC também registrou uma queda das estimativas suavizadas de IPCA em 12 meses à frente, de 4,93% para 4,89%. Esta foi a terceira redução consecutiva dessas projeções, que estavam em 4,99% há quatro semanas. As previsões para IPCA neste mês de agosto foram reduzidas de 0,30% para 0,25% e as previsões para setembro recuaram de 0,40% para 0,37%. Juros As projeções de mercado para a taxa de juros em setembro ficaram estáveis em 19,25% na pesquisa semanal do BC. O porcentual estimado embute a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) venha a cortar os juros em 0,50 ponto porcentual na reunião do próximo mês. Na semana passada, o Copom decidiu, por unanimidade, manter os juros em 19,75% pela terceira vez consecutiva. Para o fim do ano, as expectativas de juros não se alteraram e prosseguiram em 18% pela segunda semana consecutiva. As previsões de taxa média de juros, em contrapartida, subiram de 19,06% para 19,08% e voltaram ao mesmo patamar de quatro semanas atrás. As estimativas de taxa de juros para o final de 2006, por sua vez, recuaram de 15,75% para 15,50%. As expectativas em relação à taxa média de juros para o próximo ano ficaram estáveis em 16,50% pela quarta semana consecutiva. Dívida líquida do setor público As projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano subiram de 51,20% para 51,35% do Produto Interno Bruto (PIB). Há quatro semanas, as estimativas estavam em 51,30% do PIB. As previsões de dívida para 2006 seguiram a mesma tendência e aumentaram de 50,40% para 50,50% do PIB. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas projeções, que estavam em 50% do PIB há quatro semanas. Produção industrial As estimativas de mercado para o crescimento da produção industrial neste ano subiram de 4,45% para 4,48% na pesquisa do BC. Em contrapartida, as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) prosseguiram estáveis em 3% pela oitava semana seguida. O porcentual é inferior aos 3,4% estimados pelo próprio BC no Relatório de Inflação divulgado ao final de junho. Para 2006, as previsões de aumento da produção industrial foram elevadas de 4,33% para 4,40%. As estimativas de crescimento do PIB, entretanto, não se alteraram e continuaram em 3,50% pela 16º semana consecutiva. Balança comercial As projeções de mercado para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 39,50 bilhões para US$ 40 bilhões. As estimativas de superávit em conta corrente, por sua vez, aumentaram de US$ 11 bilhões para US$ 11,60 bilhões. Para 2006, as expectativas de superávit da balança comercial aumentaram de US$ 33 bilhões para US$ 33,50 bilhões. As projeções de superávit em conta corrente subiram, ao mesmo tempo, de US$ 5,55 bilhões para US$ 5,85 bilhões. Fluxo de investimento estrangeiro direto As projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) em 2006 caíram de US$ 15,95 bilhões para US$ 15 bilhões. Há quatro semanas, as estimativas estavam em US$ 15,46 bilhões. As previsões para este ano, em contrapartida, ficaram estáveis em US$ 15,50 bilhões. O valor é superior aos US$ 15 bilhões estimados há quatro semanas.

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