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Projeção do mercado para IPCA de 2005 sobe para 5,31%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA deste ano (2005) subiram de 5,22% para 5,31% na pesquisa semanal do BC divulgada hoje. Com a alta, a estimativa de inflação para este ano ficou um pouco mais distante do objetivo de 5,1% perseguido pelo Copom. A alta ocorreu na mesma semana em que o Copom decidiu reduzir o juro básico (Selic) de 19,50% para 19,00%. Há quatro semanas, as projeções de IPCA para 2005 estavam em 5,21%. A pesquisa do BC também registrou um aumento das estimativas de IPCA para este ano das instituições Top 5, de 5,16% para 5,33% no cenário de médio prazo. As previsões de IPCA para 2006, por sua vez, ficaram estáveis em 4,60% pela segunda semana consecutiva. Apesar da estabilidade, o porcentual estimado ainda é superior à meta central de 4,50% fixada pelo CMN. As estimativas suavizadas de IPCA em 12 meses à frente aumentaram, ao mesmo tempo, de 4,69% para 4,71%. Apesar disso, esse porcentual é inferior aos 4,74% estimados há quatro semanas. As expectativas de inflação para este mês de outubro subiram na mesma pesquisa de 0,45% para 0,53%. Há quatro semanas, as projeções estavam em 0,43%. A pesquisa também registrou uma elevação das previsões de inflação para novembro, de 0,37% para 0,38%. Apesar disso, este porcentual ainda é menor que o 0,39% estimado há quatro semanas. As estimativas de reajuste dos preços administrados este ano ficaram estáveis em 7,50% pela segunda semana seguida. As previsões de aumento dos administrados para o próximo ano também não mudaram e prosseguiram em 4,85%. IGP-M As projeções de mercado para IGP-M deste ano subiram de 1,36% para 1,58% em pesquisa semanal do Banco Central (BC) divulgada há pouco. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas previsões, que estavam em 1,56% há quatro semanas. Em contrapartida, as expectativas de variação do IGP-M para o próximo ano recuaram de 4,96% para 4,92%. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 5%. As previsões de IPG-DI para este ano, por sua vez, aumentaram de 1,39% para 1,58%. Na pesquisa divulgada na semana passada, as estimativas de IGP-DI tinham apresentado queda de 1,40% para 1,39%. Com a alta registrada no levantamento, as expectativas de variação do IGP-DI ficaram acima dos 1,51% estimados há quatro semanas. Para 2006, as projeções de IGP-DI ficaram estáveis em 5% pela sexta semana consecutiva. Selic As projeções de mercado para a taxa de juros em novembro ficaram estáveis em 18,50%, na pesquisa semanal do BC. A estimativa embute uma expectativa de que a taxa de juros volte a cair mais 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do próximo mês. Na semana passada, o Copom já reduziu os juros de 19,50% para 19% ao ano. Para o fim do ano, as previsões de juros ficaram estáveis em 18% pela 11º semana seguida. As estimativas de taxa média de juros para este ano também não se alteraram e continuaram em 19,15% pela sexta semana consecutiva. As previsões de juros para o fim de 2006, por sua vez, recuaram de 16% para 15,88% ao ano. As estimativas haviam permanecido em 16% por três semanas consecutivas. As expectativas de taxa média de juros no próximo ano, em contrapartida, ficaram estáveis em 16,50% pela terceira semana seguida. Câmbio As projeções de mercado para a taxa de câmbio no final deste mês caíram de R$ 2,27 para R$ 2,26. Esta foi a sétima redução consecutiva destas projeções, que estavam em R$ 2,35 há quatro semanas. Para o fim de novembro, as estimativas de câmbio recuaram de R$ 2,30 para R$ 2,29. Na semana passada, estas projeções tinham ficado estáveis em R$ 2,30. Há quatro semanas, as expectativas de câmbio para o final de novembro estavam em R$ 2,38. As estimativas de câmbio para o fim do ano, por sua vez, caíram de R$ 2,33 para R$ 2,30. Esta foi a segunda queda consecutiva destas previsões, que estavam em R$ 2,40 há quatro semanas. Para o final de 2006, a pesquisa do BC registrou uma queda das previsões de câmbio de R$ 2,54 para R$ 2,50. Esta foi a segunda redução consecutiva destas previsões, que estavam em R$ 2,60 há quatro semanas. Relação Dívida/PIB As projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano subiram de 51,50% para 51,60% do Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa semanal do BC. As estimativas de dívida para este ano tinham ficado estáveis em 51,50% do PIB por cinco semanas seguidas. Para 2006, as previsões de dívida liquida seguiram a mesma tendência de alta e avançaram de 50,50% para 50,70% do PIB. Estas estimativas ficaram estáveis em 50,50% do PIB por oito semanas consecutivas. Crescimento do PIB As projeções de mercado para o crescimento do PIB neste ano ficaram estáveis em 3,31%. Estas previsões haviam apresentado tendência de alta por sete semanas seguidas. A interrupção das elevações manteve a expectativa de expansão do PIB neste ano abaixo dos 3,4% esperados pelo próprio BC. As previsões de aumento da produção industrial neste ano também não mudaram e continuaram em 4,31% pela segunda semana consecutiva. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 4,22%. Para 2006, as estimativas de crescimento do PIB ficaram estáveis em 3,50% pela 25º semana seguida. As previsões de aumento da produção industrial seguiram a mesma tendência de estabilidade e permaneceram em 4,50% pela oitava semana consecutiva. Superávit comercial As projeções de mercado para o superávit da balança comercial subiram de US$ 41,72 bilhões para US$ 42 bilhões. Esta foi a quarta elevação consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 40,50 bilhões há quatro semanas. As estimativas de superávit em conta corrente, em contrapartida, ficaram estáveis em US$ 13 bilhões pela terceira semana seguida. Há quatro semanas, estas expectativas de superávit em conta corrente neste ano estavam em US$ 12,90 bilhões. As estimativas de superávit da balança comercial no próximo ano, por sua vez, subiram de US$ 34,98 bilhões para US$ 35,01 bilhões. Na semana passada, estas projeções tinham caído de US$ 35 bilhões para os US$ 34,98 bilhões. Há quatro semanas, as previsões de superávit da balança comercial em 2006 estavam em US$ 34,25 bilhões. Apesar da alta, as estimativas de superávit em conta corrente no próximo ano caíram de US$ 6,45 bilhões para US$ 6,35 bilhões. Esta foi a quarta queda seguida destas previsões, que estavam em US$ 7 bilhões há quatro semanas. Apesar disso, o valor projetado é bem superior aos US$ 500 milhões de superávit esperado pelo próprio BC. Investimento estrangeiro As projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) em 2006 caíram de US$ 16 bilhões para US$ 15,90 bilhões na pesquisa semanal do BC. Há quatro semanas, estas previsões estavam em US$ 15,95 bilhões. Para este ano, as estimativas de fluxo de IED ficaram estáveis em US$ 16 bilhões pela sétima semana consecutiva.

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