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Projeção do mercado para IPCA de 2005 sobe para 6,28%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA de 2005 subiram de 6,15% para 6,28% em pesquisa semanal do BC divulgada hoje. Esta foi a nona elevação das projeções, que estavam em 5,88% há quatro semanas. Com a nova elevação, as estimativas de inflação para o ano se distanciaram ainda mais da meta de 5,1% e continuaram a se aproximar do teto de 7%. Apesar do aumento, as expectativas de inflação de médio prazo das instituições Top Five (as cinco com maior grau de acerto) continuaram estáveis em 6,04%. As expectativas de IPCA para 2006, por sua vez, permaneceram inalteradas em 5%. Apesar da estabilidade, o porcentual estimado pelo mercado é superior ao centro da meta, de 4,5%, fixado pelo CMN para o próximo ano. As expectativas de variação do IPCA em 12 meses à frente aumentaram, na mesma pesquisa, de 5,66% para 5,85%. Esta foi a terceira elevação consecutiva das previsões de IPCA em 12 meses à frente, que estavam em 5,57% em pesquisa feita há quatro semanas. As previsões de IPCA para abril deste ano subiram, na mesma pesquisa, de 0,70% para 0,78%. Há quatro semanas, essas projeções estavam em 0,51%. As expectativas de IPCA para maio seguiram a mesma tendência de alta e variaram de 0,50% para 0,55%. Preços administrados As projeções para o reajuste dos preços administrados neste ano subiram de 7,40% para 7,65%. Esta foi a sétima elevação consecutiva das previsões de alta dos administrados, que estavam em 7,16% em pesquisa feita há quatro semanas. Para 2006, as expectativas de aumento dos administrados continuaram estáveis em 6% pela terceira semana consecutiva. Há quatro semanas, as estimativas de elevação dos administrados estavam em 5,80%. Juros As projeções de mercado para a taxa média de juros neste ano subiram de 18,87% para 18,96% na pesquisa semanal do BC. Esta foi a terceira elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em 18,83% há quatro semanas. As previsões de juros para o final do ano, em contrapartida, ficaram estáveis em 17,75%. As expectativas de juros para este mês de maio, por sua vez, foram ajustadas de 19,25% para 19,50%. Na semana passada, estas projeções de juros para maio haviam ficado estáveis em 19,25% em função da defasagem na atualização dos dados encaminhados ao BC provocada pelo feriado do dia 21 de abril. As expectativas de juros para o fim de 2006 subiram de 15% para 15,50%. As previsões de juros para o final do próximo ano estiveram estáveis em 15% por onze semanas seguidas. As expectativas de taxa média de juros para o próximo ano, por sua vez, aumentaram de 16,20% para 16,30%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 15,91%. Câmbio As previsões de mercado para a taxa de câmbio no final deste ano caíram de R$ 2,80 para R$ 2,75. As estimativas de câmbio para o fim do ano estiveram estáveis em R$ 2,80 por três semanas consecutivas. As estimativas de câmbio para o fim do corrente mês, por sua vez, recuaram de R$ 2,65 para R$ 2,60. Esta foi a quarta queda consecutiva destas projeções, que estavam em R$ 2,70 há quatro semanas. As previsões de câmbio para o final de 2006 caíram na mesma pesquisa de R$ 2,90 para R$ 2,85 após ficarem estáveis em R$ 2,90 por sete semanas consecutivas. Dívida líquida do setor público As previsões de mercado para a dívida líquida do setor público em 2006 subiram de 50% para 50,20% do Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa semanal do BC. As projeções para este ano, no entanto, ficaram estáveis em 51,50% do PIB pela segunda semana consecutiva. Na semana passada, o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes, estimou que a dívida poderia fechar o ano em 51,40% do PIB. A projeção levava em conta as estimativas de mercado para variáveis como inflação, juros e câmbio. PIB As projeções de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caíram de 3,67% para 3,64%. Com a queda, as previsões de expansão econômica se distanciaram dos 4% de crescimento estimados pelo próprio BC. As expectativas de aumento da produção industrial neste ano seguiram a mesma tendência de queda e recuaram de 4,81% para 4,64%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 4,79%. As expectativas de crescimento do PIB também caíram e foram reduzidas de 3,62% para 3,50%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 3,70%. As estimativas de aumento da produção industrial no próximo ano, por sua vez, continuaram estáveis em 4,70%. Balança As projeções de mercado para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 33,85 bilhões para US$ 34 bilhões. Esta foi a décima elevação consecutiva das previsões de superávit da balança comercial neste ano, que estavam em US$ 29,84 bilhões há quatro semanas. As previsões de superávit em conta corrente também subiram e passaram dos US$ 7,32 bilhões da semana passada para US$ 8,10 bilhões. Há quatro semanas, estas projeções estavam em US$ 4,70 bilhões. As estimativas de superávit da balança comercial no próximo ano, por sua vez, ficaram estáveis em US$ 27,98 bilhões após subirem por cinco semanas consecutivas. Apesar da estabilidade, as expectativas de superávit em conta corrente para 2006 aumentaram de US$ 2,50 bilhões para US$ 3,35 bilhões. Esta foi a oitava elevação consecutiva destas projeções, que estavam em US$ 1,05 bilhão há quatro semanas. Investimento estrangeiro As previsões de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano ficaram estáveis em US$ 14,50 bilhões. A estabilidade veio após duas semanas consecutivas de alta destas projeções, que ainda se encontram abaixo dos US$ 16 bilhões estimados pelo próprio BC. Para 2006, as expectativas de fluxo de IED também não se alteraram e prosseguiram em US$ 15 bilhões pela 20ª semana consecutiva.

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