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Projeção do mercado para IPCA de 2006 sobe para 4,58%

Com o aumento, a estimativa de inflação passou a ficar acima da meta central, de 4,50%.

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) deste ano subiram de 4,50% para 4,58%, na pesquisa semanal do Banco Central (BC) divulgada hoje. Com o aumento, a estimativa de inflação passou a ficar acima da meta central, de 4,50%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano. Apesar disso, o porcentual esperado pelo mercado ainda se encontra dentro do intervalo de tolerância de 2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. As previsões de IPCA para este ano das instituições Top 5, em contrapartida, caíram de 4,70% para 4,60% no cenário de médio prazo. As previsões suavizadas de IPCA em 12 meses à frente, por sua vez, aumentaram de 4,53% para 4,60%. Esta foi a quarta elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em 4,46% há quatro semanas. Para este mês de janeiro, o mercado elevou sua expectativa de IPCA de 0,40% para 0,49%. Para fevereiro, as previsões divulgadas pela primeira vez ficaram em 0,45%. As estimativas de reajuste dos preços administrados neste ano caíram na mesma pesquisa de 4,60% para 4,50%. Juros A mesma pesquisa divulgou que as projeções de mercado para a taxa básica de juros (Selic - atualmente em 18% ao ano) neste mês caíram de 17,50% para 17,25%. A nova estimativa embute a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) venha a cortar os juros em 0,75 ponto porcentual na reunião de amanhã. A mudança ocorreu após a divulgação na semana passada dos dados da produção industrial em novembro de 2005. O crescimento de 0,60% veio abaixo do que o próprio mercado esperava para aquele mês do ano passado. Com produção baixa, há menos produtos no mercado. Dessa maneira, não há necessidade de manter os juros altos para controlar a massa monetária do mercado interno. Isso porque, quanto mais dinheiro há em circulação no mercado, maior é o risco de sua desvalorização. Para o fim deste ano, as expectativas de juros continuaram estáveis em 15% pela terceira semana seguida. As previsões de taxa média de juros para este ano, em contrapartida, recuaram de 15,94% para 15,91%. Câmbio As projeções de mercado para a taxa de câmbio no final deste mês, por sua vez, caíram de R$ 2,30 para R$ 2,28. Há quatro semanas, estas previsões estavam em R$ 2,25. Para o final de fevereiro, as expectativas de câmbio ficaram em R$ 2,30. O final do ano mostra que as estimativas de câmbio não se alteraram e prosseguiram em R$ 2,40 pela terceira semana seguida. O valor é estimulante, tendo em vista que há quatro semanas estas previsões estavam em R$ 2,42. Dívida do setor público deve cair As projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano também caíram: de 50,70% para 50,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Há quatro semanas, estas previsões estavam em 50,75%. Para 2005, as expectativas de dívida líquida continuaram estáveis em 51,60% do PIB pela 12º semana consecutiva. PIB As projeções de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 ficaram estáveis em 2,40%. Esta foi a segunda semana que as previsões para o crescimento econômico do ano passado não se alteraram. Há quatro semanas, estas estimativas estavam em 2,48%. As previsões de crescimento da produção industrial no ano passado, em contrapartida, caíram de 3,15% para 3%. As expectativas de expansão do PIB neste ano ficaram estáveis em 3,50% pela 37º semana consecutiva. As estimativas de aceleração da produção industrial neste ano também não mudaram, prosseguindo em 4,05% pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas expectativas estavam em 4,50%. Balança As projeções de mercado para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 37 bilhões para US$ 38 bilhões. Esta foi a terceira elevação consecutiva desta estimativa, que estava em US$ 36,93 bilhões há quatro semanas. As expectativas de superávit em conta corrente para este ano ficaram estáveis em US$ 8 bilhões. Há quatro semanas, as previsões de superávit em conta corrente estavam em US$ 7,50 bilhões. Para 2005, as estimativas de superávit não mudaram, mantendo os US$ 15 bilhões pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas previsões estavam em US$ 14,50 bilhões. Fluxo de investimento estrangeiro Um dos pouco índices a se manterem estáveis, as projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano ficaram em US$ 15 bilhões. Há quatro semanas, estas previsões estavam em US$ 15,50 bilhões. Para 2005, as estimativas de fluxo de IED continuaram em US$ 15,30 bilhões. Há quatro semanas, estas previsões estavam em US$ 16 bilhões.

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