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Projeções de mercado para o IPCA de 2005 sobem para 5,21%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA de 2005 subiram de 5,20% para 5,21% na pesquisa semanal do BC divulgada hoje. A alta interrompeu uma seqüência de 17 reduções consecutivas das projeções para a inflação deste ano. A mudança pode ser explicada pelo impacto do reajuste dos preços da gasolina, anunciado pela Petrobras. Isso fica evidente com o aumento das estimativas de mercado para o reajuste dos preços administrados neste ano, de 6,80% para 7,00%. Esta foi a segunda elevação consecutiva nessas previsões, que estavam em 6,80% há quatro semanas. Apesar disso, as projeções de inflação para este ano das instituições Top Five mantiveram a tendência de queda e recuaram pela segunda semana consecutiva no cenário de médio prazo. Com isso, as projeções passaram de 5,26% para 5,21%. O objetivo perseguido pelo Copom para a inflação de 2005 é 5,1%. A pesquisa do BC identificou, ao mesmo tempo, uma estabilidade das estimativas de IPCA para 2006, em 4,80%. A manutenção das projeções também representou uma interrupção na trajetória de queda verificada por cinco semanas seguidas. O porcentual estimado encontra-se acima do centro da meta para 2006, de 4,5%. A pesquisa do BC também registrou uma redução das previsões de reajuste dos preços administrados em 2006, de 5,00% para 4,85%. Há quatro semanas, essas projeções para preços administrados estavam em 5,00%. As expectativas suavizadas de IPCA em 12 meses à frente, em contrapartida, caíram de 4,80% para 4,77%. Esta foi a segunda queda consecutiva dessas projeções, que estavam em 4,89% há quatro semanas. Também afetadas pelo reajuste dos combustíveis, as previsões de IPCA para este mês de setembro subiram de 0,25% para 0,33%. Antes desta alta, as estimativas de IPCA para setembro haviam recuado por quatro semanas seguidas. Para outubro, as previsões de IPCA permaneceram estáveis em 0,40% pela terceira semana seguida. Juros As projeções de mercado para a taxa de juros em outubro ficaram estáveis em 19% na pesquisa do BC. A estabilidade, no entanto, embute uma expectativa de queda de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu na semana passada reduzir os juros de 19,75% para 19,50% ao ano. As previsões de juros para o final do ano também não se alteraram e prosseguiram em 18% pela sexta semana seguida. As estimativas de taxa média de juros para este ano seguiram a mesma tendência de estabilidade e ficaram nos mesmos 19,15% da pesquisa anterior. Para o final de 2006, as previsões de juros do mercado não se alteraram e continuaram em 15,75%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 15,50%. As previsões de taxa média de juros para o próximo ano, em contrapartida, subiram de 16,51% para 16,60%. Câmbio As projeções de mercado para a taxa de câmbio no final deste ano recuaram de R$ 2,45 para R$ 2,43. Esta foi a quarta redução consecutiva destas previsões, que estavam em R$ 2,50 há quatro semanas. As previsões de câmbio para o fim deste mês, em contrapartida, ficaram estáveis em R$ 2,35, apesar de o dólar ter sido cotado abaixo dos R$ 2,30 na última sexta-feira. Para o fim de outubro, as estimativas de câmbio caíram de R$ 2,39 para R$ 2,37. As expectativas de câmbio para o final de 2006, em contrapartida, ficaram estáveis em R$ 2,60. Dívida líquida do setor público As projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano ficaram estáveis em 51,50% do Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa do BC. Há quatro semanas, estas estimativas estavam em 51,35% do PIB. Para 2006, as expectativas de dívida líquida também não mudaram e prosseguiram em 50,50% do PIB pela quarta semana seguida. PIB As projeções de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano subiram de 3,21% para 3,26%. Apesar da alta, o porcentual estimado ainda é inferior aos 3,4% projetados pelo próprio BC no último Relatório de Inflação. As expectativas de crescimento da produção industrial seguiram a mesma tendência de alta e avançaram dos 4,18% da semana passada para 4,34%. Apesar disso, o porcentual ainda é inferior aos 4,48% estimados antes da divulgação do resultado da produção industrial em julho. Para 2006, as estimativas de crescimento do PIB permaneceram estáveis em 3,50% pela 20ª semana seguida. As previsões de aumento da produção industrial para o próximo ano também não mudaram e prosseguiram em 4,50% pela terceira semana consecutiva. Superávit em conta corrente As projeções de mercado para o superávit em conta corrente deste ano subiram de US$ 12,20 bilhões para US$ 12,50 bilhões na pesquisa semanal do BC divulgada hoje. Esta foi a sétima elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em US$ 11,60 bilhões há quatro semanas. As previsões de superávit da balança comercial neste ano, em contrapartida, não se alteraram e continuaram em US$ 40,50 bilhões. Há quatro semanas, estas expectativas estavam em US$ 40 bilhões de superávit comercial. Para 2006, as projeções de superávit em conta corrente subiram de US$ 6,80 bilhões para US$ 6,85 bilhões. Esta foi a terceira elevação seguida destas previsões, que estavam em US$ 5,85 bilhões há quatro semanas. As expectativas de superávit da balança comercial no próxima semana seguiram a mesma tendência de alta e avançaram de US$ 34,05 para US$ 34,15 bilhões. Esta foi a nona elevação consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 33,50 bilhões há quatro semanas.

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