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Projeções do mercado para inflação pioram, diz BC

Por Agencia Estado
Atualização:

As expectativas de mercado em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesse e no próximo ano continuam piorando. Para 2002 elas aumentaram, de 8,42% para 8,76%, na pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) com um grupo de 100 instituições financeiras e empresas de consultorias. A piora ocorreu na semana em que a possibilidade de guerra dos Estados Unidos contra o Iraque aumentou e os preços do petróleo no mercado internacional, em consequência, subiram. O pessimismo também atingiu as projeções para o próximo ano e as expectativas de IPCA saltaram de 8,20% para 9%, na média. As estimativas de crescimento para a economia em 2003 seguiram a direção inversa e caíram de 2% para 1,9%, reforçando um cenário de dificuldades no campo econômico para o primeiro ano de mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. As expectativas de expansão da atividade econômica no corrente ano, entretanto, ficaram estáveis nos mesmos 1,2% do levantamento realizado pelo BC na semana entre os dias 28 de outubro e primeiro de novembro. O porcentual, no entanto, é menor que os 1,4% projetados pelo BC no Relatório de Inflação divulgado ao final do terceiro trimestre do ano. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo BC também revelou um ceticismo do mercado em relação ao espaço de manobra que restará ao governo Lula para promover uma redução dos juros mais acentuada em seu primeiro ano de mandato. A expectativa do mercado é de que a taxa Selic chegue ao final de 2003 na casa dos 18% ao ano, um valor apenas três pontos porcentuais menor que os 21% projetados para o fechamento do corrente ano. As estimativas de déficit nominal do setor público sem câmbio para 2002 e 2003, em contrapartida, recuaram de 3,65% do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,50% do PIB e de 3,30% do PIB para 3,20% do PIB, respectivamente. A diminuição pode indicar uma perspectiva melhor em relação a trajetória de crescimento da dívida líquida do setor público, que girava em torno de 63,9% do PIB ao final de setembro último.

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