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Projeções do mercado para IPCA de 2005 sobem para 5,80%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA de 2005 subiram de 5,77% para 5,80% na pesquisa semanal do BC (Focus), divulgada hoje. Esta foi a terceira elevação consecutiva das estimativas para o IPCA deste ano, que estavam em 5,70% há quatro semanas. A persistência da tendência de alta foi mantida mesmo após a decisão do Copom de elevar o juro básico em mais 0,50 ponto porcentual na última reunião e de o comitê não ter dado nenhuma sinalização de que o ciclo de alta de ajustes teria acabado. Com a elevação, as projeções de IPCA se distanciaram ainda mais da meta de 5,1% perseguida pelo Copom para este ano. A pesquisa do BC registrou, ao mesmo tempo, uma estabilidade das projeções de IPCA para este ano, em 5,77%, por parte das instituições Top 5 (com maior grau de acerto) no cenário de médio prazo. As previsões de IPCA para 2006, por sua vez, permaneceram estáveis em 5,00%, porcentual acima do centro da meta do próximo ano, de 4,5%. As projeções de IPCA 12 meses à frente aumentaram, na mesma pesquisa, de 5,48% para 5,54%. Este porcentual é 0,01 ponto porcentual menor que os 5,55% projetados há quatro semanas. As previsões de IPCA para este mês de março, em contrapartida, permaneceram estáveis em 0,60%, enquanto as estimativas para abril subiram de 0,43% para 0,45%. Juros Com relação à taxa de juros de abril, as previsões de mercado ficaram estáveis em 19,25%. A manutenção pela segunda semana consecutiva indica que os participantes da pesquisa do BC acreditam que os juros não subirão novamente no próximo mês. Apesar disso, as expectativas de juros para o fim do ano aumentaram de 17% para 17,13% e as projeções de taxa média de juros para este ano subiram de 18,50% para 18,64%. Para o fim de 2006, as instituições financeiras participantes da pesquisa do BC mantiveram suas projeções de juros em 15% pela sexta semana consecutiva. As projeções de taxa média de juros para o próximo ano, entretanto, subiram de 15,83% para 15,85%. PIB As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caíram de 3,69% para 3,67% na pesquisa semanal do BC. A queda não afetou as previsões de expansão da produção industrial neste ano, que permaneceram estáveis em 4,70%. As expectativas de crescimento do PIB para 2006 também não se alteraram e prosseguiram nos mesmos 3,70% da pesquisa divulgada na semana passada. As estimativas de crescimento da produção industrial no próximo ano seguiram a mesma tendência e ficaram nos mesmos 4,50% do levantamento divulgado na última semana. Câmbio As projeções para a taxa de câmbio no fim deste mês subiram de R$ 2,65 para R$ 2,70. Esta foi a segunda semana consecutiva de alta das previsões de câmbio para o período. As estimativas de câmbio para o fim de abril seguiram a mesma tendência de alta e avançaram de R$ 2,65 para R$ 2,68. As projeções de câmbio para o fim do ano, em contrapartida, ficaram estáveis em R$ 2,80 pela terceira semana consecutiva. As expectativa para a taxa de câmbio no final de 2006, por sua vez, recuaram de R$ 2,99 para R$ 2,97. Balanço de pagamentos As previsões para o resultado da conta corrente do balanço de pagamentos deste ano subiram de US$ 4,15 bilhões para US$ 4,20 bilhões na pesquisa semanal do BC divulgada hoje. A alta veio acompanhada de uma elevação das previsões de superávit da balança comercial de US$ 27,70 bilhões para US$ 28,10 bilhões. Para 2006, as expectativas de superávit em conta corrente subiram de US$ 650 milhões para US$ 680 milhões. Apesar da alta, as previsões de superávit da balança comercial foram mantidas estáveis em US$ 25 bilhões pela segunda semana consecutiva. Investimento estrangeiro As previsões de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano ficaram estáveis em US$ 14 bilhões. Para 2006, as projeções também não foram alteradas e permaneceram em US$ 15 bilhões pela 14º semana consecutiva. Preços administrados As expectativas do mercado para o reajuste dos preços administrados neste ano subiram de 7% para 7,06%. A alta coincidiu com a elevação dos preços do petróleo no mercado internacional ocorrido na semana passada. Para 2006, as projeções de alta dos preços administrados ficaram estáveis em 5,80% pela segunda semana consecutiva.

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