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Projeções para economia permanecem estáveis segundo pesquisa do BC

Por Agencia Estado
Atualização:

Na segunda semana seguida em que o mercado financeiro entrou em crise, desafiou o Banco Central e forçou o governo a adotar medidas para conter a especulação, o levantamento feito pelo Banco Central junto a 100 instituições financeiras revela que o humor diante das perspectivas da economia não piorou na mesma proporção. As projeções para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) deste ano recuaram, na média, de 5,49% para 5,46%, abaixo do teto estabelecido pelo governo, que é de 5,5%. Para o próximo ano a estimativa continuou estável em 4% enquanto que as previsões para o IPCA em junho aumentaram de 0,40% para 0,41% e as de julho de 0,77% para 0,78%. As projeções de mercado para a taxa de câmbio ao final de 2003 recuaram de R$ 2,64 para R$ 2,62. Para o final deste ano a estimativa é a mesma, ou seja, taxa de câmbio em R$ 2,50, o que indica a expectativa de queda das taxas atuais. Às vésperas de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ante a uma projeção de inflação em queda, o mercado também não mudou com relação à estimativa para a taxa Selic. Ela permanece estável em 17% para o final do ano, o que indica a expectativa de que o BC vá reduzir em 1,5 ponto porcentual a atual taxa de 18,5%. As previsões para a Selic no fim de 2003 também ficaram estáveis nos mesmos 15% ao ano da última pesquisa. A pesquisa feita pelo BC demonstra que a estimativa para o superávit primário do setor público consolidado em 2003 aumentou de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,10%, enquanto que o déficit nominal sem a variação do câmbio do setor público, esperado para 2002 e 2003, também ficaram estáveis em 3,50% do PIB e 3% do PIB. Para este ano, o mercado ainda não assimilou o aumento da meta anunciado para 3,75%, e manteve as estimativas de 3,50% do PIB. Para o crescimento da economia em este ano, a projeção do mercado recuou de 2,27% para 2,20%. As previsões para 2003 continuaram estáveis em 3,50%. Já o superávit esperado para a balança comercial em 2002 aumentou de US$ 4,05 bilhões para US$ 4,27 bilhões, mais próximo da meta de US$ 5 bilhões prevista pelo Ministério do Desenvolvimento. Para o próximo ano a estimativa de superávit comercial permaneceu estável em US$ 5 bilhões. As expectativas para o déficit em conta corrente em 2002 e em 2003 também permaneceram inalteradas em US$ 20,5 bilhões e US$ 20 bilhões, respectivamente Com relação ao investimento direto estrangeiro em 2002, a pesquisa do BC demonstra uma pequena elevação da expectativa do mercado, que passou a projetar um ingresso de recursos da ordem de US$ 17,58 bilhões contra US$ 17,50 bilhões projetados anteriormente. Não houve mudança na expectativa para 2003, que ficou estável nos mesmos US$ 18 bilhões da última pesquisa.

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