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Promotor dá garantias para Repsol operar na Bolívia

Os fiscais investigam um suposto dano econômico contra o Estado causado pela assinatura de um contrato entre a Andina e a Petrobras

Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor da cidade de Santa Cruz, Jaime Soliz, deu nesta segunda-feira, 28, garantias à companhia petrolífera Repsol YPF para operar na Bolívia, mas pediu ajuda para investigar a denúncia de um contrato supostamente irregular, assinado com a Petrobras em 2002. Soliz deu uma entrevista coletiva junto com os representantes do Ministério Público, que na sexta-feira passada confiscaram a documentação sobre o caso na sede da Andina, filial da Repsol na Bolívia. Os fiscais investigam um suposto dano econômico contra o Estado causado pela assinatura de um contrato entre a Andina e a Petrobras, para ajustar os preços do gás vendido ao Brasil, segundo denúncia apresentada por representantes do Governo de Evo Morales. Soliz afirmou que os promotores investigam a empresa Andina SA, e não a Repsol YPF, à qual garantiu segurança jurídica. A empresa hispano-argentina administra a Andina e ainda possui pouco mais de 50% de suas ações, embora o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao decretar a nacionalização dos hidrocarbonetos, em maio passado, tenha afirmado que a companhia petrolífera estatal YPFB deveria ter 51%. "Eu não sei o porquê de isso incomodar a Repsol. Se não deve nada, não tem porque sentir-se incomodada, não tem porque deixar o país.", disse Soliz. "Damos segurança jurídica à Repsol para que opere com a maior normalidade neste país. Só queremos que nos apóiem e colaborem com as informações que pedimos", afirmou o promotor de Santa Cruz. Soliz assegurou que os documentos só foram apreendidos porque a empresa "não colaborou com as investigações", apesar da obrigação de todos os cidadãos, nacionais ou estrangeiros, de "colaborar com a justiça boliviana". Segundo ele, os promotores realizam "uma investigação penal" por uma suposta violação da lei, e não "uma perseguição judicial", como denunciou a empresa em comunicado divulgado em Madri no domingo, 27. "Nós temos autonomia funcional, não temos nenhuma ligação com o Poder Executivo", afirmou o promotor.

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