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Promotoria pede confisco de bens da mulher de Maddoff

Ex-financista admitiu a culpa em um esquema de pirâmide que fraudou investidores em mais de US$ 60 bi

Por AP
Atualização:

A Promotoria Federal americana pediu à Justiça de Nova York nesta segunda-feira, 16, o confisco dos bens da mulher de Bernard L. Madoff, ex-financista que admitiu ter comandado durante mais de dez anos um esquema de pirâmide financeira, fraudou os investidores em mais de US$ 60 bilhões e está preso. Entre os bens de Ruth Maddof, estariam uma cobertura em Manhattan no valor de US$ 7 milhões e outros US$ 62 mihões em dinheiro. Os advogados do ex-financista alegaram que os bens de Ruth não deveriam ser objeto de confisco, pois não são resultado das fraudes do marido e estão no nome dela apenas. 

 

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Como parte dos esforços para que Madoff deixe a prisão, os advogados preencheram um documento informando sobre os bens do casal, avaliados em entre US$ 823 milhões e US$ 826 milhões em 31 de dezembro. O comunicado financeiro foi inicialmente entregue em um caso sobre fraude civil, gerado pela Securities and Exchange Comission (SEC), no qual Madoff chegou a um acordo parcial.

 

O cerne desse patrimônio era os US$ 700 milhões que ele avaliou pela posse de sua companhia, a Bernard L. Madoff Investment Securities LLC. Daniel Horwitz, um advogado de Madoff, e Peter Chavkin, advogado de Ruth, não quiseram comentar o caso nesta segunda-feira.

 

Os promotores afirmaram que podem buscar mais de US$ 170 bilhões para confiscar, incluindo dinheiro e propriedades que teriam vínculo com a fraude. Porém a maior parte do dinheiro corresponde a fundos depositados por investidores no fraudulento esquema e depois repassado a outros investidores. Até agora foi recuperado aproximadamente US$ 1 bilhão, segundo as autoridades. As informações são da Dow Jones.

 

Na última sexta-feira, Madoff pediu a uma corte federal de apelações nos Estados Unidos que revogasse a ordem de prisão expedida no dia anterior contra ele, enquanto aguardava o desfecho do seu julgamento. Ele quer garantir o direito de liberdade sob fiança. Madoff se declarou culpado em 11 acusações criminais. Em junho, ele poderá ser sentenciado a até 150 anos de prisão. Logo após se declarar culpado, na quinta-feira, Madoff foi algemado e levado ao Centro Correcional Metropolitano, em Manhattan.

 

Em 11 de dezembro, Madoff foi libertado sob uma fiança de US$ 10 milhões. Ele foi solto sob as condições de usar uma tornozeleira eletrônica e ficar 24 por dia em seu apartamento no Upper East Side. Seguranças privados monitoraram o acesso ao prédio, para evitar uma possível fuga do financista em desgraça ou uma tentativa de agressão contra ele. Dos mais de US$ 64 bilhões que Madoff alegava ter em 4,8 mil contas de seus clientes no final de novembro, as autoridades conseguiram recuperar US$ 1 bilhão até agora.

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(Com Gabriel Bueno, da Agência Estado)

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