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Proposta eleva a carga tributária para 25,38% do PIB

Por Ribamar Oliveira e Sergio Gobetti
Atualização:

O Orçamento de 2009 segue a tradição e embute nos números nova previsão de aumento da carga tributária e das despesas do governo. A receita primária da União (composta principalmente por impostos, taxas e contribuições) crescerá de R$ 715,8 bilhões para R$ 808,9 bilhões em 2009, o que representa um aumento de 24,83% para 25,38% do Produto Interno Bruto (PIB). Os impostos baterão novo recorde, subindo de 8,59% para 9,06% do PIB. As contribuições sociais permanecerão em torno de 7% e as contribuições de trabalhadores e empregados para o INSS crescerão de 5,62% para 5,89% do PIB. Apesar das incertezas sobre a economia mundial, o governo está mantendo a previsão de que o PIB cresça 5% em 2008 e 4,5% em 2009. No lado das despesas, praticamente todos os itens terão acréscimo acima do Produto Interno Bruto no próximo ano também, com destaque para os benefícios previdenciários e assistenciais, cuja estimativa é que passem de 8,22% para 8,52% do PIB. Descontando as despesas obrigatórias e a meta de superávit primário, sobraram R$ 151,9 bilhões para o Executivo e os demais Poderes gastarem em investimento e custeio. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou ontem o aumento "positivo" das despesas com educação, que passaram de R$ 11,1 bilhões para R$ 16,5 bilhões, mas, no global, a área social terá apenas mais 23% entre 2008 e 2009, enquanto os gastos da burocracia ministerial serão ampliados em 40,2%.

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