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Proposta para a Previdência vai atrasar

Reforma deve seguir em ritmo mais lento e não há previsão para discussões sobre propostas

Por Lu Aiko Otta
Atualização:

BRASÍLIA - Apontada como a principal medida para recolocar as contas públicas em equilíbrio, a reforma da Previdência deve seguir num ritmo mais lento que o desejado pela área econômica. A expectativa era que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, apresentasse as linhas gerais de uma proposta na reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, na quarta-feira. Mas nesta quinta-feira, 11, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, informou em nota que a pauta do encontro são medidas para a retomada do crescimento econômico.

Não está prevista nenhuma discussão de conteúdo sobre a reforma da Previdência. Pelo previsto, os integrantes deverão tratar apenas de um calendário de discussões sobre o tema.

Gastos com Previdência foram de R$ 430 bi no ano passado e devem crescer R$ 60 bi neste ano Foto: Marcos de Paula/Estadão

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Segundo Rossetto, o governo ainda não tem uma proposta consolidada, e sim estudos e reflexões. “Existem várias alternativas. Vamos tratar esse assunto com a responsabilidade e com a amplitude social que ele exige. Nossa meta é consolidar uma Previdência que seja justa e sustentável”, disse.

Essa é uma disputa clara no governo: de um lado, a equipe de Barbosa corre contra o tempo para encaminhar ao Congresso uma proposta de reforma que dê um horizonte de reequilíbrio nas contas da Previdência. Do outro, Rossetto defende uma discussão sem pressa.

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