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Propostas da OMC mostram que acordo está longe

Por JONATHAN LYNN
Atualização:

Grandes lacunas persistem na posição das potências comerciais e os últimos textos de negociação da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgados no sábado, mostram que um novo acordo está longe de uma situação garantida. Os novos esboços mantém muitos dos compromissos alcançados em uma reunião de ministros em julho, incluindo um corte de 70 por cento no teto da ajuda dos Estados Unidos à agricultura. Mas os responsáveis pelas conversas centrais sobre bens agrícolas e industriais disseram que muito trabalho ainda precisa ser feito, sobre temas como proteção aos agricultores pobres e propostas para eliminar tarifas em alguns setores industriais. Isso significa que o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, enfrenta um duro cenário nos próximos dias para decidir se convoca uma reunião de ministros sobre a Rodada de Doha, que já dura sete anos. "Nós ainda temos um longo caminho a percorrer antes que a rodada seja concluída", afirmou Lamy. "Mas a chamada etapa das modalidades deve mandar um sinal para que todos os membros da OMC fiquem unidos para enfrentar os desafios da atual crise econômica. No mês passado, líderes do G20 pediram o esboço de um acordo nas conversas de Doha até o final deste ano para ajuar a impulsionar a economia mundial diante da pior crise desde os anos de 1930. Mas muitos especialistas afirmam que uma outra reunião fracassada poderia adiar as conversas por anos e prejudicar o sistema comercial mundial já que a crise está incentivando o protecionismo. Lamy tem agora três opções, segundo o diplomata de um grande país em desenvolvimento. "A primeira é ir adiante, que é a opção mais arriscada. Os textos dão uma base ideal para uma segunda opção: parecer seguir adiante, mas estabelecer um objetivo menor. A terceira é não chamar uma reunião."

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