
27 de agosto de 2012 | 03h05
Uma das primeiras a lançar molho de tomate em embalagem sachê, a Fugini desbancou a Unilever com a novidade, há quatro anos. Em 2010, a multinacional decidiu deixar o segmento de molhos de tomate e vendeu essa divisão para a Cargill. Naquele ano, a Fugini iniciou um investimento de R$ 90 milhões em sua segunda fábrica, inaugurada em 2011 na cidade goiana de Cristalina. A empresa, que tem sede em Monte Alto (SP), faturou R$ 312 milhões no ano passado e a previsão para 2012 é de R$ 407 milhões.
Segundo fontes próximas à transação, a Heinz é a que está mais perto de fechar negócio com a Fugini. A empresa chegou ao País no ano passado, com compra da Quero Alimentos, por US$ 400 milhões. Oficialmente, nem Bunge, nem Heinz comentaram o assunto.
A Fugini pertence ao empresário Auro Ninelli, presidente da empresa, e a seu sócio, o agricultor Kogi Fugita, ex-fornecedor de tomates para a extinta Cica. "Somos assediados por outras empresas desde 2007, mas não temos interesse em vender a companhia", afirmou Ninelli.
BEBIDAS
El Niño: esperança
para as cervejarias
Analistas do setor de bebidas estão otimistas com a expectativa de vendas para o verão 2013 no País. Apesar de preços mais altos por conta do aumento do IPI, programado para outubro, espera-se que o consumo seja bem maior que o do verão passado - graças ao fenômeno climático El Niño, que começa já em setembro. "A média das temperaturas máximas em dezembro e janeiro será de 29°C, dois graus acima do registrado nos mesmos meses dos anos anteriores", diz Alexandre Nascimento, da Climatempo. No primeiro trimestre de 2010, último verão marcado pelo El Niño, a Ambev, por exemplo, teve aumentos de 11,7% e de 5,2%, respectivamente, nas vendas, em volume, de cerveja e refrigerantes. O El Niño também beneficia as indústrias de inseticidas e de ar-condicionado.
E-COMMERCE
Extra.com vende comida
pela web para classe C
O Extra.com investiu R$ 15 milhões no lançamento, na sexta-feira, de sua operação de delivery de alimentos na capital paulista. A marca será a primeira a vender tanto eletrodomésticos quanto alimentos via web. A nova operação é independente da do supermercado Pão de Açúcar, que processa 10 mil pedidos ao dia. O foco é a classe C. "Os clientes de baixa renda também têm menos tempo e querem comprar no supermercado pela internet", diz o diretor de operações de e-commerce de alimentos do Grupo Pão de Açúcar, João Gravata. As compras de alimentos no site do Extra.com serão processadas separadamente das de eletroeletrônicos, mas a ideia é unir as operações.
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