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Proteína cultivada, uma nova opção alimentar

Líder global em produção de alimentos à base de proteína, JBS investe mais de US$ 100 milhões em projetos no Brasil e na Espanha

Por JBS
Atualização:

Indústria e pesquisadores têm buscado desenvolver novas formas de produzir proteína como opção para atender a crescente demanda alimentar - a população global pode chegar a 10 bilhões em 2050, e existe uma tendência de mudança de comportamento de consumo. Estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, apontou a expectativa de que a produção de alimentos tenha de aumentar em 70% até 2050 para atender a todos. É nesse contexto que as formas alternativas de produção têm ganhado espaço. Além da proteína à base de plantas, que reproduz textura e sabor da carne tradicional, há também a busca pela produção em escala da proteína cultivada, desenvolvida por meio de pesquisa celular. 

Formas alternativas de produção têm ganhado espaço. Foto: Arte/ Estadão Blue Studio

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"O que se imagina é que se tenha diferentes alimentos para diferentes grupos, evitando esgotamento do meio ambiente e atendendo a uma diversidade de pautas", diz Caroline Mellinger, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Pesquisas recentes confirmam essa maior procura por modos alternativos de produzir proteína. Segundo dados divulgados pela agência Euromonitor, de 2015 a 2020, o Brasil registrou crescimento anual de 11,1% nas vendas de produtos substitutos à carne tradicional. E as projeções são de expansão de 40% ao ano, nos próximos cinco anos.

Líder global na produção de alimentos à base de proteína, a JBS tem olhado com atenção para a proteína cultivada como opção alimentar. Recentemente, realizou dois movimentos de peso. A empresa assumiu, em 2021, o controle da BioTech Foods, na Espanha, com um aporte de  US$ 41 milhões, que viabilizará a construção de uma unidade industrial que terá capacidade de produzir mil toneladas por ano a partir de 2024. 

Centro de inovação

Em maio deste ano, anunciou a criação de um centro de pesquisas em alimentos, o JBS Biotech Innovation Center, com investimento previsto de US$ 60 milhões, em Florianópolis. Lá, um dos principais objetivos será o desenvolvimento de tecnologia para a produção de proteínas cultivadas. O centro de inovação ficará no Sapiens Parque, um espaço criado pelo governo catarinense para projetos da área tecnológica, ocupando um espaço de 40 mil metros quadrados. 

"A maior produtora de proteína no mundo quer continuar sendo referência. E sabe que precisa complementar e inovar os processos, mantendo a missão da empresa de entregar alimentos de qualidade", afirma Fernanda Berti, vice-presidente do JBS Biotech Innovation Center, relatando a importância da estratégia multiproteínas para a empresa. "As tecnologias vão permitir avanço na qualidade da proteína cultivada. Queremos participar e liderar esse processo", acrescenta. 

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O projeto deve contar com cerca de 25 pesquisadores e é presidido por Luismar Marques Porto, que já foi cientista visitante do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Também tem como liderança Fernanda, que atuou no Vale do Silício, onde criou uma startup de desenvolvimento de produtos baseados em medicina regenerativa e células-tronco para o tratamento de animais. Juntos, também atuaram com engenharia tecidual na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

No JBS Biotech Innovation Center, os trabalhos para o desenvolvimento da proteína cultivada, além da busca pela reprodução do sabor e da textura do produto tradicional, passarão pela redução dos custos para a fabricação. Assim, a expectativa é de dar alternativas ao consumidor com a criação de produtos que possam ter preços competitivos no mercado, que começa a se abrir no mundo, tanto que Cingapura liberou a comercialização de proteínas cultivadas no fim de 2020, e a Holanda está próxima de fazê-lo. 

"Temos o desafio de baixar os custos de produção, o que deveremos conseguir com o aumento da escala. Para isso, é necessária a estrutura tecnológica para avançar em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil tem uma força agroindustrial muito grande, que pode ajudar", conclui o presidente do JBS Biotech Innovation Center.

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