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Protestos na Argentina voltam a bloquear rodovias

Por MARINA GUIMARÃES
Atualização:

O primeiro dia de protestos do setor agropecuário da Argentina é marcado por bloqueios de rodovias dos caminhões, carregados com grãos destinados à exportação. Os protestos tiveram início ontem à noite, logo após o anúncio oficial das entidades ruralistas de que as negociações com o governo tinham fracassado, o que resultou no fim da trégua do setor e a retomada dos locautes. A principal reivindicação dos produtores é a mudança do regime de cobrança dos impostos de exportações, denominado retenções. Em Santa Fe, as concentrações mais importantes estão sendo realizadas na zona de influência de Rosário, na intersecção das rodovias 12 e 14 e a rodovia nacional 34, que conecta Rosário com o Noroeste argentino. Outros produtores realizam piquetes na rodovia nacional 33, na saída de Casilda, e sobre a rodovia 18, que conecta esta zona com Pergamino, importante zona produtora da província de Buenos Aires. Outros piquetes foram montados em diferentes pontos do país, em todas as províncias produtoras, mas o mais importante é o de Entre Rios. A chamada rodovia do Mercosul, a 14, localizada em Gualeguaychú, está bloqueada e não passa nenhum caminhão carregado com alimentos com destino aos portos do país. Também não podem passar os caminhões de outros países vizinhos contendo carga agropecuária. No túnel subfluvial, que liga Paraná com Santa Fé, os manifestantes também impedem a passagem de caminhões carregados com grãos. Governo Em meio ao início dos protestos, o ministro chefe do Gabinete da Presidência, Alberto Fernández, manteve uma reunião com outro movimento ruralista de menor expressão no país, com o claro objetivo de dividir a unidade das quatro principais entidades, com as quais não conseguiu negociar. Fernández se reuniu com a Frente Nacional Campesina, formada por produtores que não se sentem representados pelas demais entidades. Desde o início dos protestos, o governo aposta na divisão do movimento sob o lema: dividir para governar. No entanto, as entidades se mostram unidas mesmo depois de quase dois meses de crise.

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