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Protestos paralisam negócios com grãos da Argentina

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Por Redação
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O mercado de grãos da Argentina não registrava transações na quinta-feira, por conta de um protesto comercial lançado por produtores agropecuários contra um imposto incidente sobre as exportações, afirmaram operadores. Os produtores, que em março fizeram uma paralisação que causou o desabastecimento de alimentos no país e iniciou uma crise política, retomaram os protestos após uma trégua de um mês sem que fosse possível avançar nas negociações com o governo. [nB120190] "Não temos uma só ordem de venda, os telefones não tocam aqui e as conversas são fruto das notícias publicadas, e não do mercado", explicou à Reuters um operador de Rosario, a principal praça de soja do país. Ao longo das três semanas de protestos em março a bolsa fechou sem negociações na maior parte das sessões. As fontes de mercado afirmaram que na quinta-feira não haverá em Rosario negócios de soja, milho, trigo e girassol, as principais safras argentinas, um dos maiores fornecedores mundiais de alimentos. "Em princípio não haverá rodada. Os corretores se renderam à paralisação", disse outro operador. A única dúvida que resta é saber se os compradores -- exportadores em sua maioria-- se apresentarão ou não na bolsa para tentar adquirir mercadoria, o que permitiria fixar um preço para os grãos, completou. O setor agrícola protesta contra o novo sistema de taxas móveis sobre as exportações, que segundo ele elevou na prática a taxação sobre a soja, maior bem de exportação do país. (Por Nicolás Misculin) (denise.luna@thomsonreuters.com; 5521 22237141; Reuters Messaging: denise.luna.thonsomreuters.com@reuters.net))

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