PUBLICIDADE

PSI, do BNDES, terá queda de 20% em 2014

Por Renata Veríssimo
Atualização:

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) terá um orçamento entre R$ 75 bilhões e R$ 80 bilhões em 2014, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O valor representa uma redução de pelo menos 20% em relação ao orçamento desde ano, que é de R$ 100 bilhões. O governo estuda mudanças nas condições dos empréstimos e deve elevar as taxas de juros cobradas das empresas. As condições financeiras ainda estão sendo fechadas e devem ser anunciadas em breve.As alterações no PSI já foram sinalizadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para reduzir os subsídios concedidos pelo Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como os juros cobrados das empresas são menores que o custo de captação dos bancos, o Tesouro cobre essa diferença.O PSI foi lançado em julho de 2009 como parte das medidas do governo para mitigar os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira. Com a escassez de crédito naquele momento e a retração dos investimentos, as linhas do programa foram criadas para financiar principalmente a aquisição de bens de capital, caminhões e exportações.O PSI vem sendo prorrogado desde então, mas os juros e os prazos dos empréstimos foram adaptados ao longo do tempo. Grande parte do orçamento do programa é administrado pelo BNDES. Do valor total para 2013, R$ 85 bilhões são da instituição e R$ 15 bilhões foram liberados para os demais bancos. ProrrogaçãoSegundo o BNDES, de janeiro a outubro os desembolsos do PSI somam R$ 70 bilhões. O programa deveria acabar em 31 de dezembro deste ano, mas o governo decidiu prorrogá-lo mais uma vez.O próprio orçamento do BNDES está sofrendo uma redução. Mantega já afirmou que a liberação de recursos pelo banco deve cair de R$ 190 bilhões este ano, para algo em torno de R$ 150 bilhões em 2014. O governo quer uma reformulação da atuação do banco. Segundo Mantega, serão mantidos os programas prioritários, mas linhas destinadas a financiamento de projetos dos Estados deixarão de existir. Esta semana, Mantega participou de uma reunião com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ouviu a preocupação do setor com a redução dos recursos para o PSI. "Os recursos do Tesouro têm feito com que o BNDES apoie investimentos no Brasil. Nosso pedido é que no próximo ano o BNDES tenha volume expressivo de recursos com custo compatível a investimentos necessários no Brasil", disse na ocasião o presidente da entidade, Robson Andrade.O governo também tem reduzido ano a ano as emissões de títulos da dívida pública para captar recursos para aportes no BNDES. Em 2013, serão R$ 24 bilhões, ante R$ 45 bilhões no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.