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Puxada pelo mercado americano, Bolsa cai mais de 3%

Bolsas americanas reagem ao risco do mercado de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos (subprime)

Por Agências internacionais
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ampliou a queda no início da tarde desta segunda-feira, 19, acompanhando o mau humor dos mercados norte-americanos. Às 13h45, o Ibovespa - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa - está no patamar mínimo do dia, em 62.556 pontos, queda de 3,18%. Em Nova York, o índice Dow Jones cai 1,02% e a Nasdaq cede 0,95%.   Veja também:  Os efeitos da crise do setor imobiliário dos EUA   Como já era esperado, as bolsas americanas reagem novamente ao risco do mercado de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos (subprime). Os bancos começam a divulgar as perdas reais com a inadimplência do setor. Com isso, os papéis dos bancos caem forte nas bolsas.   As ações do Citigroup caíram 4% na abertura do mercado, depois de o Goldman Sachs ter rebaixado sua recomendação de neutra para venda, citando as dificuldades no mercado de crédito. O Goldman Sachs estimou que o Citigroup sofrerá baixas contábeis relacionadas a obrigações com dívida colateralizada (CDOs) de US$ 15 bilhões nos próximos dois trimestres.   Na Europa, as ações da companhia de resseguros Swiss Re despencaram mais de 6%, após revelar baixa contábil de US$ 1,1 bilhão relacionada ao subprime, por conta das perdas no seguro de um portfólio de títulos lastreados em ativos de um cliente.   A revisão em baixa nas expectativas de venda da varejista Lowe's também chamou a atenção dos investidores, especialmente com a proximidade do período mais importante para o varejo dos EUA, que começa após o feriado de Ação de Graças, quinta-feira. Citando os problemas no mercado imobiliário norte-americano, a Lowe's disse que suas vendas no quarto trimestre fiscal irão crescer 3% em todas as lojas (entre 3% a 4% no ano) e cair entre 3% a 5% em lojas abertas há mais de um ano (-4% em 2007). Analistas esperavam aumento de 6% nas receitas gerais.   Anteriormente, a Lowe's havia estimado aumento de 6% nas vendas em todas as lojas em 2007 e queda de 2% nas lojas abertas há mais de um ano em 2007. No terceiro trimestre, a companhia registrou queda de 10% no lucro líquido, para US$ 643 milhões. Na abertura do mercado, seus papéis caíram 3,4%. Isso é mais um sinal de que os problemas no mercado imobiliário americano podem respingar em outros setores da economia.   Petróleo   A alta do petróleo é outro foco de pessimismo, segundo analistas. O produto voltou a subir nesta segunda-feira, sustentada pela queda do dólar e pelas tensões com relação ao programa nuclear iraniano. A reunião da Opep deste fim de semana contribuiu para a alta dos contratos, depois de os países membros optarem por não aumentar a oferta. Além disso, apesar da resistência da Arábia Saudita, os membros da Opep discutiram abertamente o impacto do dólar fraco em suas economias e o Irã e a Venezuela pressionaram o grupo para começar a precificar o barril de petróleo em uma cesta de moedas.

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