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Quadrilhas clonam celulares em poucos minutos

Quadrilhas conseguem, com o auxílio da tecnologia, copiar ilegalmente os dados do aparelho e transferi-los para um outro telefone celular, em poucos minutos. A polícia ainda não conhece todos os métodos utilizados pelos bandidos para clonar celulares.

Por Agencia Estado
Atualização:

A clonagem de telefones celulares pós-pagos está provocando uma série de prejuízos e problemas aos usuários e operadoras do setor. Os golpistas conseguem, com o auxílio da tecnologia, copiar ilegalmente os dados do aparelho e transferi-los para um outro telefone celular. Os usuários de telefones celulares só descobrem que seu telefone foi clonado quando recebem contas com valores altos e com ligações internacionais e interurbanas. A polícia ainda não conhece todos os métodos utilizados pelos bandidos para clonar celulares. O delegado titular de estelionato da Delegacia de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), Manoel Camassa, avisa que, com o auxílio da tecnologia, os golpistas conseguem, em poucos minutos, clonar um aparelho de telefone celular. O delegado conta que o golpe mais comum acontece quando o consumidor deixa o celular para conserto. "Os bandidos conseguem clonar o celular através do número hexadecimal do aparelho, espécie de chassi do celular", explica. Esta numeração fica atrás da bateria dos aparelhos. Outra espécie de golpe utilizado pelos bandidos é uma incógnita para a polícia. O delegado titular de estelionato do Deic afirma ter conmhecimento de casos de clonagem através de sistemas de radiofrequência que copiam os dados do celular, mas ainda não se sabe como o golpe funciona. "São raras as queixas sobre estes casos de clonagem feitas através de interceptação de ligações. As operadoras do setor possuem sistemas que bloqueiam estas ligações e não denunciam à polícia", explica Manoel Camassa. Esta clonagem de celulares através da interceptação de ligações ocorre, principalmente, em áreas próximas aos aeroportos. De acordo com Manoel Camassa, os golpistas possuem aparelhos que conseguem registrar os dados de um usuário de celular em poucos segundos. "Ainda não conhecemos estes aparelhos. Precisamos de informações das operadoras para saber como os bandidos conseguem copiar as informações", avisa o delegado. Operadoras costumam arcar com os prejuízos A assessora de direção da Fundação Procon-SP, Sônia Cristina Amaro, conta que o consumidor só desconfia que seu aparelho foi clonado quando recebe conta com valores elevados e ligações internacionais e interurbanas. Ela afirma que nestes casos de clonagem, as operadoras costumam arcar com os prejuízos. "As operadoras do setor costumam cancelar a cobrança de ligações não reconhecidas e substituir os celulares clonados", destaca. Sônia Cristina orienta o consumidor que desconfia ter um celular clonado a entrar em contato com a operadora. "Caso a empresa não resolva o problema, o consumidor pode procurar os órgãos de defesa do consumidor ou mover uma ação na Justiça", alerta a assessora de direção do Procon-SP.

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