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Economia e outras histórias

Quadro de inércia do fundo do poço

O IBC-Br de abril, divulgado nesta quinta-feira, 16, pelo Banco Central, é mais um dado da conjuntura a indicar a aproximação da economia do fundo do poço. Depois de 15 meses, o índice de atividade econômica do BC interrompeu uma sequência de quedas em relação ao mês anterior e observou uma ligeira alta de 0,03% sobre março. Mas, como nos demais indicadores de atividade, ainda está muito longe do nível registrado no mesmo período de 2015. Na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br apresenta um recuo de 5%.

Por José Paulo Kupfer
Atualização:

A inflexão da curva do IBC-Br em abril, depois de uma descida da ladeira contínua desde janeiro de 2015, se deveu a um resultado positivo da atividade industrial em relação a março. Foi o suficiente para estabilizar o indicador, diante de retrações no comércio, nos insumos da construção e nos serviços.

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Pode-se dizer, simplificadamente, que o setor externo, com avanço nas exportações e substituição de importações, deu um impulso à indústria e ao IBC-Br, enquanto o mercado de trabalho, refletido na desemprego e na contração da massa salarial, afetou negativamente comércio e construção civil, puxando o índice para baixo.

A tendência futura é de ocorrência de pequenos resultados positivos/negativos na comparação mensal e redução gradual das distâncias em relação ao mesmo período do ano anterior. O quadro configura uma inércia do fundo do poço, quadro típico dos períodos em que a atividade deixa de cair, mas ainda não reúne elementos para uma retomada mais consistente.

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