A inflexão da curva do IBC-Br em abril, depois de uma descida da ladeira contínua desde janeiro de 2015, se deveu a um resultado positivo da atividade industrial em relação a março. Foi o suficiente para estabilizar o indicador, diante de retrações no comércio, nos insumos da construção e nos serviços.
Pode-se dizer, simplificadamente, que o setor externo, com avanço nas exportações e substituição de importações, deu um impulso à indústria e ao IBC-Br, enquanto o mercado de trabalho, refletido na desemprego e na contração da massa salarial, afetou negativamente comércio e construção civil, puxando o índice para baixo.
A tendência futura é de ocorrência de pequenos resultados positivos/negativos na comparação mensal e redução gradual das distâncias em relação ao mesmo período do ano anterior. O quadro configura uma inércia do fundo do poço, quadro típico dos períodos em que a atividade deixa de cair, mas ainda não reúne elementos para uma retomada mais consistente.