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Qualidade é principal benefício para os grandes

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Por Redação
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A rotina da cooperação entre grandes corporações e pequenos empreendedores mostra que os benefícios aparecem por toda parte. Luiz Eugênio Lopes Pontes, diretor da M. Dias Branco, por exemplo, conta que a empresa pretende ajudar padarias em algo simples, mas muito importante: adicionar nutrientes na farinha de trigo dos produtos. De acordo com ele, isso será possível graças a uma tecnologia trazida da França. Além disso, a ideia é melhorar a gestão dessas padarias por meio de treinamento. Outra grande empresa, a Aurora Alimentos, também entende a importância da cadeia produtiva e, por isso mesmo, oferece apoio para pequenos produtores rurais estabelecidos em Santa Catarina - a gigante do setor, como não poderia ser diferente, se beneficia dessas parcerias ao adquirir carnes e leite com qualidade superior na região. "Hoje, podemos dizer que desenvolvemos mais de 20 mil produtores, afirma Neivor Canton, vice-presidente da Aurora, sobre o resultado do programa no Sul do País.O aprimoramento do pequeno empresário do campo também traz resultados para a Nestlé. Neste caso, a cooperação ocorre com produtores de café, leite e cacau. De acordo com Lilian Miranda, vice-presidente de marketing da Nestlé, a empresa conta ainda com parceria na outra ponta do negócio, que são as vendas. A Nestlé tem microdistribuidores que por sua vez têm uma rede de revendedores porta a porta. "Eles servem também como um laboratório de informações sobre os produtos", analisou. De acordo com a executiva, esses pequenos vendedores colhem diretamente a percepção dos consumidores em suas casas e municiam a multinacional com dados que serão usados para o aperfeiçoamento desses mesmos produtos. Ronaldo Mascarenhas Lima Martins, gerente de desenvolvimento de mercado da área de materiais da Petrobrás, destaca a importância de desenvolver fornecedores locais. "Temos disposição para inovar com ênfase forte em criar soluções com nossos fornecedores. Temos mais de 800 projetos de sucesso", afirma. Segundo ele, 80% dos contratos de negócios hoje são feitos no Brasil. Um exemplo, cita Martins, veio de uma pequena empresa mineira, de dois professores. "Eles nos procuraram e ofereceram um solução de engenharia que precisávamos", finalizou.

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