PUBLICIDADE

Queda da Selic ainda não chegou ao tomador final de crédito, diz presidente do Santander

Sérgio Rial afirmou que a queda da taxa básica de juros, que recuou de 14,25% para 6,75%, ainda não é sentida pelo tomador pessoa física

Foto do author Altamiro Silva Junior
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O presidente do Santander e também da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil, Sérgio Rial, disse nesta segunda-feira, 26, que a queda da taxa básica de juros, a Selic, que recuou de 14,25% para 6,75%, ainda não chegou ao tomador final de crédito. Rial fez a declaração em evento da Câmara que teve a participação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

"Eu sei que a queda não se reflete completamente na ponta final, naquilo que cada um de nós pagamos", disse Rial no evento. "O que é importante é que hoje começamos em um nível de taxa de juros que até então não tínhamos e isso vai trazer transformações importantes."

Queda da Selic ainda não chegou ao tomador final de crédito, diz presidente do Santander Foto: Divulgação

PUBLICIDADE

O banqueiro ressaltou que a queda atual dos juros no Brasil é estrutural e não "uma canetada" ou um decreto. Taxa de juros abaixo dos 7% só se conheceu na década de 50, disse ele. "Isso está trazendo transformações importantes no dia-a-dia dos negócios das empresas."

Rial falou que o Brasil está no início de um dos maiores processos de revolução econômica da história do País e que agora é preciso votar corretamente nas eleições em outubro para que esse processo não se encerre e prossiga no próximo governo. A continuidade das reformas estruturais é essencial para assegurar que os juros fiquem no atual patamar baixo, disse o presidente da Câmara Espanhola. 

Na apresentação, Ilan falou que o BC está estudando formas de reduzir o custo de crédito para o consumidor, sobretudo no cartão de crédito. Ele disse que o BC convidou lojistas, associações de cartões e do varejo para discutir formas de mudar o sistemae reduzir as distorções no mercado de cartões. 

O dirigente ressaltou, por exemplo, que não há planos de acabar com o parcelamento sem juros no cartão, mas o BC quer acabar com a ideia de que existe um financiamento sem juros no Brasil. "Tudo tem seu custo", disse ele. "Não existe nada sem custo e sem juros no Brasil."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.