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Queda da Selic permitiu crescimento de bancos

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Por Redação
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Com a melhora na balança comercial e a maior entrada de dólar no Brasil, culminando na formação de reservas, a política monetária do governo pode ser menos recessiva que na década anterior, quando a taxa básica de juros, Selic, sempre se manteve acima de dois dígitos. O País saiu de uma taxa básica de juros média anual, em 1999, de 26,79% para 9,81% no ano passado. A redução da taxa de juros possibilitou o fortalecimento do mercado de crédito, que saiu do patamar abaixo de 30% do PIB e hoje está na casa de 45% do PIB, permitindo o crescimento dos bancos brasileiros. Tanto que, nos próximos anos, o desafio do Itaú Unibanco ? terceiro lugar no "Destaque Agência Estado Empresas da Década" ? é ganhar espaço no mercado de crédito. "Esperamos ampliar significativamente o saldo de nossas operações de crédito, tanto junto à pessoa física quanto à pessoa jurídica", afirma o presidente da instituição, Roberto Setubal. Segundo ele, o crescimento da classe C abriu boas oportunidades nesse mercado. O crescimento da economia está sendo acompanhado de perto também pelo Bradesco, quinto lugar na premiação. Enquanto na última década a meta do banco era a segmentação, com foco principalmente nas classes de maior renda, a prioridade durante os próximos dez anos é ter escala. "Se já temos 20% dos mercados onde atuamos, e se esses mercados estão em fase de acelerada expansão, é nossa obrigação não só trabalhar para manter essa margem, como também conquistar novas fatias", afirma o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. Com a economia estabilizada e em crescimento, a tendência é que o mercado de capitais brasileiro entre em uma nova fase, com menos oscilações e ganhos mais consistentes. Tende a se tornar uma alternativa de poupança de longo prazo. / T.N.

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