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Queda das importações aumenta superávit

Por Agencia Estado
Atualização:

Confirmada a tendência dos últimos meses, com a balança comercial brasileira iniciando setembro com mais um superávit expressivo: US$ 401 milhões apenas na primeira semana do mês. O saldo comercial acumulado no ano subiu para US$ 5,782 bilhões com esse resultado. Em 12 meses, o superávit da balança acumulado até a primeira semana do mês já chegou a US$ 7,724 bilhões, o que revela que o saldo em 2002 deve ultrapassar com folga a nova meta do governo para o ano, de US$ 7 bilhões. Redução de importações O superávit registrado na primeira semana do mês foi assegurado principalmente pela redução nos gastos do País com as importações, que totalizaram no período US$ 860 milhões, ante US$ 1,261 bilhão de exportações. Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior mostraram que a média diária das importações caiu ainda mais nos cinco primeiros dias úteis do mês. Chegou a US$ 172 milhões, registrando uma redução de 21,4% em relação à média de setembro do ano passado, de US$ 218,9 milhões. Nesse período, caíram os gastos com as compras externas principalmente de produtos eletroeletrônicos (47,7%), automóveis e autopeças (41%), químicos orgânicos e inorgânicos (26,9%), equipamentos mecânicos (24,6%), instrumentos de ótica e precisão (20,9%) e plásticos (19,8%). Em relação a agosto deste ano, as importações na primeira semana de setembro tiveram uma retração de 9,4%, com a redução nas compras de eletroeletrônicos, automóveis e autopeças, produtos farmacêuticos, plásticos, equipamentos mecânicos e químicos. Exportações A média diária das exportações na primeira semana, por outro lado, atingiu US$ 252,2 milhões, registrando uma pequena recuperação, com aumento de 0,8% em relação à média de setembro do ano passado, de US$ 250,3 milhões. Segundo boletim do Ministério do Desenvolvimento, as exportações de produtos básicos tiveram nesse mesmo período comparativo expansão de 13,2% e de 11,7%, no caso de semimanufaturados. Em compensação, as exportações de manufaturados caíram 4,8%. O aumento das exportações de produtos básicos foi puxado pelo crescimento das vendas de petróleo em bruto, farelo de soja, minério de ferro, soja em grão, carne de frango, café em grão e carne suína. Já a elevação das exportações de semimanufaturados refletiu aumento das vendas de semimanufaturados de ferro/aço, alumínio em bruto, celulose, couros e peles e óleo de soja em bruto. As exportações de manufaturados caíram com a redução sobretudo das vendas de automóveis, calçados e aparelhos transmissores e receptores. Em relação a agosto deste ano, as exportações na primeira semana de setembro tiverem, pela média diária, uma queda de 3,5%.

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