29 de maio de 2015 | 14h42
O FT destaca a queda anual de 0,9% no consumo das famílias e ressalta que é a primeira vez que os consumidores contribuem menos que o visto há um ano desde o terceiro trimestre de 2003. "Os consumidores do Brasil têm impulsionado o crescimento econômico desde quando o Partido dos Trabalhadores da presidente Dilma Rousseff chegou ao poder em 2003, transformando o País em um dos mercados emergentes mais desejados do mundo entre investidores e ajudando a manter o PT no poder", diz o jornal.
A reportagem nota que esse modelo de crescimento baseado no consumo atingiu patamar próximo da exaustão nos últimos anos e os novos dados são "a evidência mais convincente da necessidade de mudar o foco do Brasil para investimentos e reformas estruturais".
O FT reconhece que o governo tem tomado medidas para tentar corrigir o rumo e ressalta a adoção de medidas econômicas mais ortodoxas, o que deve abrir espaço para a melhora da economia em 2016. Antes disso, porém, o jornal nota que a situação pode piorar. "Ainda é esperado que o PIB tenha contração de 1,2% este ano como resultado das medidas de austeridade que atingirão a economia já estagnada, o que marcará a mais profunda recessão do País desde 1990", diz o FT.
Diante desse quadro, a reportagem nota que o desemprego deve aumentar nos próximos meses, o que colocará mais pressão sobre os gastos das famílias e sobre a popularidade de Dilma Rousseff.
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